Posicionamento de PP e PMDB preocupa aliados
Assessores de todas as bancadas têm na ponta do lápis os números relativos ao cálculo da divisão dos espaços dentro de uma CPI. E sabem que são grandes as chances de o PMDB funcionar como uma espécie de fiel da balança no caso de vingar a CPI da Corrup
Publicado 15/06/2009 10:13 | Editado 04/03/2020 17:11
Apesar disso, publicamente, os deputados adotam uma postura discreta. 'Não estamos fazendo este tipo de conta, até porque não trabalhamos com a possibilidade de instalação de uma CPI', assegura o líder da bancada do PSDB, Adilson Troca. 'Já existe, sim, um movimento preventivo. É natural que o governo tenha sua própria estratégia diante da iminência da complementação das assinaturas', devolve o líder da bancada do PDT, Adroaldo Loureiro.
Para a deputada Stela Farias (PT), o fato de o governo fazer projeções 'é um sinal de que já conta com a CPI'. Apesar das boas expectativas do governo, não há garantia concreta sobre a posição dos dois maiores partidos da base: o PP e o PMDB. O PP detém a liderança do governo na Assembleia, mas são públicas as mágoas de alguns pepebistas com o tratamento recebido do Executivo.
O PMDB pode adotar uma postura ainda mais 'independente'. A pouco mais de um ano das eleições de 2010, o partido tem candidatura própria na rua, não descarta uma aliança com o PT e discute se sai ou não do governo estadual ainda em 2009. Por outro lado, tem algumas de suas lideranças envolvidas com as denúncias da Operação Solidária, justamente um dos focos de investigação da CPI que a oposição pretende instalar. 'Se houver uma CPI não faremos parte deste ou daquele grupo. Se alguém está contando com a possibilidade de formar grupo para proteger esse ou aquele, está equivocado', adianta o líder da bancada do PMDB, Gilberto Capoani.
FONTE:Correio do Povo