Vereador defende a munipalização da Saúde.

Vereador Jamil Murad (PCdoB) volta a defender a municipalização da saúde durante encontro com o secretário adjunto da Secretaria Municipal da Saúde. Murad afirmou ao secretário José Maria da Costa que é preciso integrar os equipamentos de saúde no municíp

Segundo informações da diretora de gestão hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde, Regina Atanéia de Lima Uyeda, a cidade de São Paulo tem dezessete mil e cem leitos públicos (SUS) e apenas dois mil e setecentos leitos são administrados pela Prefeitura. Os outros 14 mil e 400 leitos estão sob o comando do governo estadual. “A municipalização da saúde em São Paulo foi parcial. O governo do estado permanece gerindo ambulatórios de especialidades e a maioria dos leitos hospitalares públicos de São Paulo. E isso dificulta a integração dos equipamentos de saúde prejudicando o usuário”, destacou o vereador Jamil Murad.



 
Apesar de a municipalização também ter sido motivo de preocupação de outros integrantes da comissão de saúde, o debate sobre o tema parece estar distante da pauta da prefeitura. De acordo com o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Saúde José Maria da Costa a municipalização plena da saúde não é atualmente assunto de discussão administrativa na secretaria municipal de saúde. Jamil Murad classificou o assunto como uma das prioridades da saúde em São Paulo. “O comando único dirigido pela Prefeitura é um dos pilares para que o sistema de saúde seja integrado e eficiente. Que interesse impede a plena fiscalização? ”, questionou.



 
Falta de médicos
Jamil também abordou com o secretário a visita realizada no dia 17 de junho pela comissão de saúde ao Hospital do Planalto, em Itaquera. Foi constatada a falta de 92 médicos na unidade e o setor mais prejudicado é o pronto socorro. O diretor do hospital Luis Zamarco apontou o baixo salário como a principal queixa desses profissionais.
 
Leitos desativados
O hospital do Planalto também mantém 47 leitos desativados, cerca de 20% da capacidade total. Jamil lembrou que na UTI do hospital, que tem doze leitos, funcionam apenas seis leitos. De acordo com ele os motivos são vários desde a falta de médicos até as condições de infraestrutura do hospital. “Faz um ano que caiu o teto da ala de psiquiatria que desalojou os pacientes da ala. A reforma custa cerca de 250 mil mas ainda não foi providenciada não podemos nos conformar com esse tipo de omissão”, afirmou Jamil. “A falta de médicos e o alto número de leitos desativados têm sido constantes na fiscalização que a comissão de saúde realiza. É uma falta de compromisso imperdoável”, reafirmou Jamil. 
 
Além do vereador do PCdoB, estiveram no Hospital do Planalto os vereadores Juliana Cardoso (PT), Noemi Nonato (PSB) e Sandra Tadeu (DEM). 
 
Conselho Municipal


Cícera Salles, conselheira municipal, acha importante que  a prefeitura reconheça a legitimidade do Conselho. O vereador Jamil Murad avaliou como positiva a reaproximação entre a prefeitura e o Conselho Municipal de Saúde anunciada pelo secretário adjunto José Maria da Costa. Para o parlamentar a medida judicial contra o conselho municipal impede o exercício do controle social. “É injustificável a neutralização consciente do Conselho Municipal de Saúde praticamente pelo seu mandato inteiro. Desejamos que a retirada dessa ação seja imediata e não aconteça apenas no último dia do mandato”, enfatizou Jamil


 


De São Paulo, Railídia Carvalho