Bachelet falará sobre Cuba em reunião com Obama

O secretário-geral ressaltou que a política adotada nos últimos 48 anos para as relações com a ilha não foi a melhor e, neste sentido, é muito bom que esteja mudando.

“O que ocorreu em São Pedro Sula foi um momento histórico”, disse Insulza, referindo-se à decisão dos 34 chanceleres do bloco durante a 39ª Assembleia Geral da OEA, realizada em Honduras no início do mês, de levantar as sanções que impediam o retorno de Cuba à organização.

O país foi expulso da OEA em 1962, depois que o governo da ilha declarou seu alinhamento à União Soviética. Bachelet viaja hoje para os Estados Unidos, onde se reunirá na tarde de amanhã com Obama. Esta será a primeira reunião bilateral entre os dois presidentes, sendo que eles se encontraram na 5ª Cúpula das Américas, em abril passado, em Trinidad e Tobago.

Além da agenda política, que incluirá discussões sobre os temas de energia, comércio e mecanismos de solução à crise econômica mundial, a mandatária chilena também aproveitará a viagem para inaugurar uma estátua do revolucionário Bernardo O'Higgins, na rua principal do Distrito de Columbia, e fará uma homenagem ao ex-embaixador chileno nos Estados Unidos Orlando Letelier, assassinado em setembro de 1976.

Após o encontro, a presidente participará de uma coletiva de imprensa e se reunirá com membros das comissões de Relações Exteriores do Senado e da Câmara do país.

Está previsto para Bachelet ser recebida na Casa Branca pelo vice-presidente norte-americano, Joe Biden, na quarta-feira. Em seguida, a mandatária deve se reunir com Insulza e discursar diante do Conselho Permanente da OEA, em Washington, sede do organismo.

A presidente chilena será a segunda mandatária latino-americana a se reunir com Obama nos Estados Unidos, já que no último mês de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou ao país para discutir pontos da agenda bilateral.

Fonte: Ansa