Sem-teto ocupam prédio na Praça da Cruz Vermelha
Cerca de 70 pessoas entraram, na madrugada do dia 22, em um prédio desativado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), localizado na Avenida Mem de Sá, na altura da Praça da Cruz Vermelha, no centro do Rio de Janeiro.
Publicado 22/06/2009 20:00 | Editado 04/03/2020 17:04
De acordo com Fabrício Silva, um dos representantes das famílias, a ocupação é para reivindicar da prefeitura do Rio a concessão do aluguel social. Ele informou, ainda, que há 27 crianças, 20 mulheres grávidas e oito idosos no edifício invadido.
Na sacada de uma das janelas, os sem-teto estenderam uma faixa onde estava escrito: “Somos todos humanos. Merecemos respeito”.
As famílias estão recebendo alimentos doados por estudantes de diversos movimentos sociais, que estão acampados na calçada para colaborar com o movimento.
O advogado André de Paula, que representa os sem-teto, entrou na Justiça com um pedido de manutenção de posse para as famílias e pela proibição da entrada da polícia no prédio.
O tenente-coronel Antônio Henrique Oliveira, lotado no 13º Batalhão da Polícia Militar, informou que está aguardando a decisão da Justiça. Enquanto isso, as famílias que estão no prédio podem permanecer no local, porém outras pessoas não têm permissão para entrar.
“A gente está aguardando a determinação da Justiça, ou uma reintegração de posse para o INSS ou uma liminar autorizando a permanência dessas pessoas no prédio, até que o mérito da questão seja julgado”, disse o policial militar.
As famílias que estão no prédio do INSS moravam há pelo menos três anos em outro edifício, na Rua Gomes Freire. Esse edifício pegou fogo no mês passado e foi condenado pela Defesa Civil. Na semana passada, a prefeitura do Rio havia tentado levar as famílias para abrigos depois do incêndio.