Seminário do Ipea: opção por autonomia deixa China em vantagem
Durante o seminário “Trajetórias de Desenvolvimento”, promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília, a comparação entre as escolhas de dez países deixou claro que as nações que, como a China, optaram por uma estratégia sob
Publicado 25/06/2009 13:04
“A ascensão chinesa é um objetivo de longo prazo para que o país se transforme numa sociedade relativamente próspera até a metade deste século, quando deverá ser a maior economia do mundo. Alguns acreditam que, já em 2030, o país poderá deter 24% da economia mundial, com renda per capta de um terço da dos EUA”, projeta André Cunha, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Para ela, a China lida com fluxos financeiros e câmbio de maneira pragmática. “Os chineses flexibilizaram o isolamento típico do regime comunista, adotaram o câmbio administrado, mas não aceitaram a velocidade imaginada por políticos e economistas norte-americanos”, observou, acrescentando que o saldo comercial, impulsionado pela política cambial, levou o país asiático a ter superávit de 11% em conta corrente.
Com a crise, o país se voltou para o mercado interno e, segundo Cunha, o estímulo fiscal do Estado já atinge 20% do PIB. “Os chineses não querem ser percebidos como ameaça para o mundo”, disse, comparando aquele país com os EUA, que têm no gasto e no poderio militares, além do dólar, as principais bases para sua hegemonia econômica e política.
A informação é do Monitor Mercantil