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Workers World: Quem matou Neda Agha-Soltan?

O jornal americano Workers World, em editorial publicado na quarta-feira (24), questiona a versão difundida pelos meios de comunicação ocidentais da morte da jovem iraniana Neda Agha-Soltan, na última segunda-feira, em Teerã. Um vídeo com os momentos f

Leia abaixo a íntegra do editorial do jornal:



Considere esse cenário:


Um franco-atirador treinado pela CIA toma posição em um telhado em Teerã. Seu contato na rua abaixo, aguardando com uma câmera, o chama. ''Ela acabou de sair do carro. Um alvo perfeito''.



O franco-atirador mira. Dispara. Desaparece.



Na rua, o contato grava com a câmera o rosto visível e sem medo da jovem mulher, auxiliada agora por pessoas na rua que estavam ao redor. Ela sangra até a morte.



Em uma hora o vídeo chega às mãos de um contato iraniano na Holanda, à BBC de Londres, à Voz da América. Se transforma então em uma história muito maior.



Foi isso que aconteceu a Neda Agha-Soltan? Nós admitimos isso.  Nós não sabemos. Mas você também não sabe. E a história contada acima é — de fato — mais razoável e mais crível que a história espalhada e repetida ao infinito pela poderosa máquina de propaganda da mídia ocidental.



A jovem mulher, a quem quer que tivesse simpatia, não estava confrontando nenhuma autoridade. Nem forças paramilitares. Ela estava longe da manifestação principal. Por que, quando não havia tiroteio significativo ou grandes conflitos na área, um oficial, da polícia ou do exército, dispararia contra uma mulher desarmada que não estava no protesto e que não tinha nenhum envolvimento político?



Como foi que o homem com a câmera teve contato com a mídia mais conectada com as forças de espionagem das duas maiores forças coloniais da história do Irã — Estados Unidos e Reino Unido?



Coincidências acontecem. Mas aqui muitas coincidências aconteceram de uma só vez. Quem está por trás disso?



O que nós podemos ter certeza é que a mídia corporativa baseada nos países imperialistas é arma poderosa que, em tempos de crise, difundem a confusão entre as massas e mobiliza a opinião pública em apoio aos governantes, demonizando os explorados e os oprimidos.



Em tempos de Internet, temos de lembrar que a desinformação se espalha a uma velocidade tão alta quanto à informação.