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Ato pró-palestina gera protesto contra visita de israelense

Os secretários de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores e do Partido Comunista do Brasil, Valter Pomar e José Reinaldo Carvalho, fizeram na última quinta-feira (2) um relato sobre a viagem que realizaram no mês de maio, integrando uma de

A atividade, promovida pela Coordenação de Movimentos Sociais e por diversas entidades árabes e palestinas no Brasil, como a Fearab, a Fepal, o Instituto Jerusalém, o Portal Arabesq e a Bibliaspa, teve lugar no Club Homs, importante centro recreativo e cultural da comunidade árabe em São Paulo, e reuniu mais de 150 pessoas.



Os dois dirigentes políticos informaram sobre os encontros que mantiveram com membros do Conselho Legislativo Palestino (parlamento) e membros importantes da Autoridade Nacional Palestina, como o chefe de gabinete do presidente Abu Mazen, o ministro das Relações Exteriores, o ministro das Negociações, o ministro dos Assuntos dos Prisioneiros e ex-Prisioneiros e dirigentes da Organização para a Libertação da Palestina.



Segundo Pomar e Reinaldo, as audiências deram à delegação uma abrangente visão sobre a situação na Palestina sob ocupação israelense. Os representantes do Fórum de São Paulo visitaram também lugares históricos e considerados sagrados pelas três principais religiões – a cristã, a islâmica e a judaica – em Jerusalém e Belém.


 


Os representantes do PT e do PCdoB explicaram que a viagem teve como motivação principal os criminosos ataques perpetrados por Israel contra a população palestina na Faixa de Gaza entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009. E também refletiu aposição histórica dos partidos do Fórum de São Paulo em solidariedade à resistência e à luta do povo palestino pela criação do seu Estado nacional; os laços históricos desses partidos com a OLP, organização que representa a unidade nacional palestina.


 


Ainda que os bombardeios tenham cessado, a Palestina vive sob forte tensão, relataram os secretários de Relações Internacionais das duas agremiações de esquerda. Israel prossegue o bloqueio a Gaza, intensifica a política de instalação de assentamentos nas terras palestinas, prossegue a construção do muro que retalha o território palestino e segrega suas populações, aumenta a militarização dos postos de controle.



Além disso, estão suspensas as negociações. Com a formação do governo de direita israelense liderado por Benyamin Netanyahu a situação se tornou ainda mais complicada, pois este governo não reconhece a existência da Palestina e de seu povo.



Pomar e Reinaldo denunciaram que 45 parlamentares palestinos se encontram presos e propuseram a realização de uma campanha pela sua libertação. E informaram que cerca de 10 mil palestinos são presos políticos submetidos a maus tratos e violações dos direitos humanos.



A delegação do Fórum de São Paulo, sem se imiscuir nos assuntos internos dos palestinos, foi informada sobre as divisões no seu movimento e expressou o desejo dos partidos de esquerda e dos movimentos sociais de que os palestinos se unam para ter mais força na luta contra o inimigo, que é quem tira proveito da divisão.



As intervenções de Valter Pomar e José Reinaldo foram seguidas de um animado debate no qual tomaram a palavra dezenas de pessoas. Ficou patente a necessidade de ativar ainda mais o movimento de solidariedade no Brasil através da criação de um Comitê ou Coordenação que reflita a unidade dos movimentos sociais e políticos brasileiros, sem sectarismo nem divisionismo. Foi forte o apelo para a luta em torno da causa comum do povo palestino – a luta contra a ocupação israelense e pela criação do Estado nacional palestino.


 


Muitos dos presentes anunciaram a disposição de protestar contra a visita do chanceler israelense ao Brasil, considerado persona non grata, um dirigente sionista e racista, arauto da guerra e do genocídio.