Camelôs do CPC querem anistia de dívidas

Pela terceira vez em pouco mais de um mês, os camelôs retornaram à Câmara de Vereadores da Capital para pedir anistia do pagamento dos aluguéis atrasados relativos aos pontos no Centro Popular de Compra (CPC), localizado entre as avenidas Voluntários d

A demanda não deve ser atendida pela Verdi Construtora, que administra o estabelecimento. O que poderá ocorrer é a renegociação com os inadimplentes. Este mesmo entendimento tem o secretário de Produção, Indústria e Comércio (Smic), Idenir Cecchim, que entende ser o diálogo o caminho viável para a negociação. 'Não há possibilidade de anistiarmos ninguém; já a renegociação das dívidas, por meio do diálogo, é o caminho a ser seguido', disse, ao destacar as melhorias executadas no estabelecimento nos últimos meses para atrair clientes.


 


Juliano Fripp, que representa a categoria, espera que a prefeitura e a administradora do Camelódromo atendam às demandas dos comerciantes, sob pena de o projeto do CPC fracassar e os ambulantes retornarem às ruas da cidade. 'Há muita desistência de lojistas, uns 50 já abriram mão das lojas no CPC, o que é ruim para o negócio. Os comerciantes não têm condições de arcar com as despesas, pois as vendas estão fracas', salientou Fripp.


 


Pelos cálculos dos lojistas, a média de gastos mensal é de R$ 400,00, sendo R$ 100,00 por semana conforme a área locada. Ângela Machado, que por dez anos ocupou a rua dos Andradas com sua banca, está insatisfeita por não ter condições financeiras de honrar os compromissos. 'Estou com dez prestações atrasadas, as vendas estão fracas e não consigo ganhar para quitar os débitos. Precisamos negociar e ninguém abre essa possibilidade', reclamou.


 


Ela, assim como os demais comerciantes, não querem retornar às ruas, estão satisfeitos com a infraestrutura oferecida, mas não com as vendas diárias, que estariam bem abaixo das expectativas.


 


Fripp propôs aos administradores do CPC que divulguem o cadastro dos devedores para que seja possível a negociação. Assim, ele acredita no sucesso do empreendimento com os camelôs dentro do Centro.


 



FONTE: Correio do Povo