China aproveitará crise para mudar pautas de crescimento
A China aproveitará a atual crise econômica mundial, que a afetou em grande medida, para “mudar suas pautas de crescimento”, disse o vice-primeiro-ministro chinês Li Keqiang, na abertura da Cúpula Global de Think Tank, que reúne especialistas de todo o mu
Publicado 03/07/2009 13:01
Li ressaltou que a crise financeira “atingiu enormemente” a terceira maior economia do mundo, com “um notável freio do crescimento, um forte contração do comércio exterior, uma queda da produção industrial, dificuldades para muitas empresas e pressões no emprego”. Diante disso, o governo chinês tenta “garantir o crescimento, o bem-estar do povo e a estabilidade”, ressaltou Li.
O vice-primeiro-ministro destacou que “a história mostra que as crises, muitas vezes, marcam o início de revoluções tecnológicas e industriais”, e que, nesse sentido, a China busca uma “aproximação científica” ao elaborar soluções para o freio em sua economia.
A primeira edição desta cúpula vai até o próximo sábado na capital chinesa, com economistas e estrategistas políticos dos cinco continentes em busca de novas soluções à recessão mundial. Ganhadores do Nobel como o “banqueiro dos pobres” Muhammad Yunus e o economista Robert Mundell fazem parte dos fóruns de discussão, que também contam com a presença do presidente do Banco da China, Zhou Xiaochuan, e do ministro do Comércio chinês, Chen Deming.
Atitude otimista
No ato de inauguração da cúpula, também participaram o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger e o ex-primeiro-ministro da Itália Romano Prodi. Ambos concordaram na importância de que a China contribua para que o planeta saia da crise.
Prodi destacou que o governo socialista “tem uma responsabilidade crescente no mundo e nenhuma decisão que diz respeito a todos pode ser feita sem ela”. Kissinger ressaltou que a crise parece levar “os EUA a consumir menos e a China a consumir mais”, mas pediu aos especialistas que pensem nas “consequências destas mudanças”, e recomendou uma atitude otimista “para superar a recessão”.
Com agências