Oposição em Tóquio está otimista em recuperar maioria
O opositor Partido Democrático do Japão (PDJ) colocou-se no último domingo como o principal partido da eleição realizada na cidade de Tóquio, capital do país, para a Assembleia Metropolitana, o que é considerado no país um indicador do que será a próxi
Publicado 13/07/2009 09:24
Até as 22h30 locais, o PDJ havia conseguido 46 cadeiras, comparadas com as 17 do situacionista Partido Liberal Democrático (PLD), de acordo com a emissora pública japonesa NHK.
De acordo com os meios de comunicação do país, a coalizão governante, formada pelo PLD e pelo Novo Komeito, tinha “possibilidade mínima de assegurar a metade da Assembleia”. Os resultados finais serão divulgados nesta segunda-feira (13).
Um total de 221 candidatos está concorrendo por 127 vagas. Antes da eleição, 48 membros da Assembleia pertenciam ao PLD, 34 ao PDJ, 22 ao Novo Komeito, 13 ao Partido Comunista do Japão e quatro à Rede Seikatsusha de Tóquio. Outros quatro membros da Assembleia são independentes e duas cadeiras estão vagas.
Se o bloco situacionista do PLD e Novo Komeito não conseguir obter a meta de conservar a maioria, poderão acontecer fortes movimentos dentro do partido para dar sustentação a uma eleição presidencial para substituir o primeiro ministro Taro Aso, como seu chefe, antes da eleição para a câmara baixa do parlamento.
A agência Kyodo News disse que o índice de comparecimento dos eleitores é maior que na eleição anterior. Até as 19h30, o comparecimento estava calculado em 42,77%, quase 7 pontos acima que na eleição passada.
Aso, que regressou ao Japão da cúpula do G8 na Itália no último sábado, disse que “os resultados da eleição da Assembleia de Tóquio não estão relacionados com a política nacional”, segundo afirmou o porta-voz governamental e chefe do gabinete Takeo Kawamura.
O PLD já sofreu derrotas diante do PDJ em quatro eleições locais consecutivas: nas eleições para prefeito de Nagóia, Saitama e Chiba e uma disputa de governador da região de Shizuoka.
O PDJ está decidido a conseguir uma mudança de poder na política japonesa depois de mais de 50 anos de regime quase perene do PLD.