Tocantins inicia debates do 12° Congresso do PCdoB
O Comitê Estadual do PCdoB do Tocantins realizou neste domingo,12, sua reunião ampliada. Cerca de 15 dirigentes estaduais e quadros do Partido participaram do evento que contou com a participação de Ronaldo Carmona, da Comissão de Relações Internacionais
Publicado 13/07/2009 13:48 | Editado 04/03/2020 17:22
A plenária foi aberta pelo presidente estadual do Partido, Adriano Francisco, que fez a apresentação do 12° Congresso, sua importância histórica, sua metodologia e suas principais discussões.
Após a abertura a palavra foi passada para Ronaldo Carmona que, em nome do Comitê Central, saudou os membros do PCdoB do Tocantins e mostrou ser conhecedor da história do estado desde as origens. Passando aos temas do Congresso, Carmona fez exposição sobre os temas internacionais e a crise do capitalismo, mas focou sua apresentação no Programa Socialisa para o Brasil.
Carmona lembrou que ''o programa deve ser ponto principal no Partido'', que deve tratar de questões ''estratégicas e táticas, e também de questões cotidianas da contrução da nova sociedade''. Fazendo um resgate histórico, Carmona lembrou que o movimento comunista internacional tinha um Programa “único nos tempos das Internacionais''.
Ele se referiu ainda às defazagens existentes nos programas do Partido da segunda metade do século passado. Carmona ressaltou o desiquilibrio do programa atual que, ''trata de questões cotidianas da nova sociedade socialista, mas descreve pouco o caminho para alcança-la''. Por fim Ronaldo expôs a síntese da proposta de Programa apresentada pelo CC ao Partido. O novo Programa deve abordar quatro eixos: análise do desenvolvimento do capitalismo, estudo sobre as experiências socialistas, a formação do Brasil e, o mais importante, sobre o caminho brasileiro para o socialismo, lembrando que este é o grande mérito da proposta.
Adriano Francisco passou o debate para os temas nacionas fazendo exposição sobre a proposta de Resolução Política. Lembrou que é colocada na ordem do dia das forças progressista a manutenção do ciclo aberto em 2002, com a eleição de Lula. Segundo ele, “a cena política é instável ” e “a luta contra o retrocesso deve ser focada no tucanato e seus aliados”.
Estado
O discussão principal do estado do Tocantins neste momento é a cassação do mandato do governador, Marcelo Miranda. O coletivo do Partido lembrou que o PCdoB teve candidato próprio em 2006 e que o então candidato teve apoio dos setores progressistas, inclusive do PT, mas, não fechou o ciclo conservador anterior. Ao contrário, o governador remodelou-o e por isso teve de usar as práticas corrompidas de seu antecessor. Segundo o dirigente, “a Justiça Eleitoral compromete o Tocantins elegendo o novo governador pela Assembleia Legislativa, principalmente pelo fato de a maioria dos deputados estaduais terem sido co-beneficiários dos atos praticados pelo governo em nome da reeleição”.
Da redação do Tocantins