Equador nunca mais terá bases militares estrangeiras
O presidente Rafael Correa disse que o Equador nunca mais terá bases militares estrangeiras em seu solo. Ele fez a declaração durante uma coletiva de imprensa em La Paz, onde participou da comemoração do Bicentenário da Independência boliviana.
Publicado 16/07/2009 18:31
“Comunicamos ao governo dos Estados Unidos que não prologaríamos o tratado que permitiu a instalação de bases militares em solo equatoriano. Portanto, os soldados norte-americanos já estão saindo e até novembro e esperamos que não estejam em nossas instalações”, disse Correa.
A base militar da Manta, também conhecida como Eloy Alfaro, funciona como base aérea militar e aeroporto internacional, na cidade de Manta, Manabí, no litoral do Equador.
O acesso e uso da pista e instalações da base foi permitido à Força Aérea dos Estados Unidos com prazo até 2009, para combater o narcotráfico no noroeste da América do Sul. A base de Manta permite que os EUA controlem os movimentos de traficantes e envie as informações para as autoridades e militares da região.
O acordo, assinado em 1998 pelo presidente Jamil Mahuad, cedendo as instalações militares de Manta aos EUA por dez anos, causou animosidade e protestos de vários setores da sociedade equatoriana.
Entre os argumentos contr-arios estão: a perda de soberania devido à presença militar estrangeira em território do país; a grande oposição às forças armadas dos EUA; e a possível utilização da base em operações do Plano Colômbia.
O presidente Rafael Correa, assim como a ministra da Defesa, Guadalupe Larriva, prometeu durante sua campanha de não renovaria o acordo sobre a base de Manta em 2009. Cumprindo deste compromisso soberano, Correa informou ao governo de Washington que não haveria renovação.
Em alusão ao bicentenário da independência da Bolívia, o presidente equatoriano fez notar que a luta dos povos latino-americanos pela independência e justiça social ainda não foi completada e é necessário prossegui-la. “Nós, latino-americanos, ingressamos na segunda luta pela independência, visando finalmente quebrar os apetites de domínio de grupos de pder mundial”, disse ele.
Fonte: Agência Bolivariana de Notícias (http://www.abn.info.ve)