Estratégia separatista na Bolívia é cópia de Kosovo
O jornalista espanhol Julio César Alonso assegurou neste domingo (19) que a estratégia separatista na Bolívia impulssionada por um bando de terroristas, neutralizado em abril último em Santa Cruz, era a mesma que a aplicada em Kosovo,em 1999. Em declar
Publicado 19/07/2009 20:11
O avezado correspondente de guerra, de visita em La Paz, antes anunciou que conheceu e entrevistou várias vezes o cabeça dos extremistas mortos e detentos em um operativo policial, o 16 de abril último no hotel crucenho Las Américas, Eduardo Rózsa Flores, conhecido assassino e mercenário, explicou.
Segundo Alonso, existe um vídeo que o extremista enviou a Europa, cujo conteúdo será revelado em setembro ou outubro próximos, no que Rózsa Flores delata aos financiadores da banda, em caso que algo lhe suceda.
Ao que parece, afirmou, o líder do grupo irregular sentia-se defraudado por quem contrataram-no para organizar na Bolívia uma guerra civil na que militares, policiais e indígenas se converteriam em vítimas, e já estava por se retirar quando foi surpreendido, sem capacidade de reação.
Bolívia era o país eleito
De acordo com o depoimento do profissional, na nação andina o extremista pensava organizar sua guerra, a guerra que, ao menos, duraria nos meses suficientes para finalizar seu filme, seus massacres, suas torturas e seu novo reino, limpo de índios, negros, comunistas e demais desperdícios, segundo ele mesmo dizia.
“Rózsa Flores pensava copiar na Bolívia, país ao que sempre desprezou nas conversas privadas e ao que se referia como “berço de índios analfabetos”, “nação de bobos” ou “cubo de lixo”, sua particular guerra suja”, remarcou.
Será em setembro ou outubro, explicou, quando saberemos toda a verdade de Rózsa Flores, um especialista mercenário que formava grupos mistos de veteranos e jovens para orgías de sangue.
Segundo Alonso, os mercenários estavam preparando na Bolívia não uma defesa, senão uma guerra que devia durar, para ser rentável econômica e politicamente, mais de um mês. O cálculo para este fim, na primeira semana, era de 25 mil mortos, segundo descreve Alonso em um artigo publicado neste domingo na Agência Boliviana de Informação (ABI).
Com esta situação, disse, só uma intervenção internacional, seguindo o modelo da Croácia e Kosovo, a deteria. Para isso, afirma, chegariam voluntários argentinos, alguns deles já veteranos das guerras balcânicas. Também se esperava a paraguaios, colombianos e alguns elementos uruguaios.
Fonte: Prensa Latina