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Colômbia admite ter recebido delegação de Micheletti

O governo colombiano de Álvaro Uribe admitiu na quarta-feira (22) que se reuniu com uma delegação do presidente provisório de Honduras, Roberto Micheletti. Em comunicado, o Ministério de Relaciones Exteriores do país informou que, na última segunda (20

O comunicado confirma o que o chanceler provisório de Honduras, Carlos López, já havia antecipado em entrevista à rádio colombiana La FM, na manhã de hoje. Segundo noticiou a TeleSul, o chanceler precisou que “a situação interna que estamos vivendo” foi o tema principal do diálogo entre o governo colombiano, ele e outros sete representantes do governo de fato de Honduras.



López acrescentou que Uribe expressou sua “simpatia” pelo governo de Micheletti durante o encontro de segunda. No mesmo dia 20, o presidente costarriquenho, Óscar Arias, mediava um diálogo na Costa Rica entre representante de Micheletti e do mandatário hondurenho Manuel Zelaya, deposto no último dia 28.



Em resposta, o informe do governo colombiano afirma que continua apoiando “a gestão mediadora que realiza o presidente Arias para restabelecer o processo democrático em Honduras”.



A nota enfatiza que “o governo da Colômbia não aprova os comentários pessoais expressados por integrantes da comissão da comissão hondurenha frente a terceiros países”.



O chanceler de Honduras afirmou, ainda, que sua visita a Colômbia se deveu ao fato de ambas as nações serem “vítimas de agressões externas comuns, como Hugo Chávez”, presidente da Venezuela. Na rádio, López chamou o líder venezuelano de “uma ameaça para as nações, para a independência de cada uma delas”.



Diálogo adiado



A comissão que representa Micheletti no diálogo mediado pelo presidente costarriquenho adiou a viagem que faria à Costa Rica, onde estão sendo realizadas as tentativas de solução da crise hondurenha. Hoje, Carlos López e a ex-presidente da Corte Suprema de Justiça, Vilma Morales, informaram que a suspensão não supõe o abandono definitivo do processo de negociação.



Segundo López, a decisão foi tomada após a emissão, na segunda, de uma declaração da Corte Suprema de Justiça de Honduras, que reiterou que Zelaya “foi destituído por um mandado judicial e não pode voltar a assumir a presidência da República”.



“Essa é uma barreira”, concluiu López, que não admite golpe de Estado. Organismos como a OEA (Organização dos Estados Americanos) e a ONU (Organização das Nações Unidas), no entanto, condenam a ação militar contra Zelaya e desconhecem o governo de Micheletti.
 
 
O presidente da Costa Rica e prêmio Nobel da Paz, Óscar Arias, está mediando o conflito hondurenho, recebendo delegações do presidente provisório de Honduras, Roberto Micheletti, e o mandatário deposto do país, Manuel Zelaya. Na última segunda, durante o segundo encontro, os representantes de Micheletti ameaçaram se retirar da rodada de negociações após Arias propor a restituição de Zelaya ao poder.