Emoção nas homenagens a Mano Décio na ABI

Amigos, sambistas, jornalistas, entre outros convidados, lotaram o auditório da ABI, para participar das homenagens pelo centenário de nascimento do compositor Mano Décio da Viola (1909-2009).

A programação foi inaugurada com um debate sobre a vida e a obra do emérito ex-integrante e fundador da Escola de Samba Império Serrano, com a participação dos pesquisadores Rachel Valença, Ricardo Cravo Albin, Haroldo Costa e Sérgio Cabral, além do Presidente da Casa, Maurício Azêdo.



Por iniciativa do Deputado federal Edmilson Valentin (PCdoB-RJ), será conferida ao compositor, em homenagem póstuma, a Medalha do Mérito Cultural do Ministério da Cultura. Na Câmara dos Vereadores do Rio e na Assembléia Legislativa (Alerj), parlamentares também propõem homenagens ao baluarte do samba.
 

Na platéia foram destacadas pelo Presidente da ABI, Maurício Azêdo, as presenças do cantor Roberto Silva — grande amigo de Mano Décio da Viola, de quem gravou o samba-enredo “Exaltação a Tiradentes” (1958) — e do historiador Hiram Araújo, responsável pelo Centro de Memória do Carnaval Carioca da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa).

 
Também foram saudados o mangueirense Ed Miranda Rosa, Presidente da Associação das Velhas Guardas das Escolas de Samba do Rio de Janeiro; o Desembargador João Santana, benemérito e um dos fundadores da Império Serrano; além dos membros das Alas das Baianas e da Velha Guarda da verde e branco de Madureira.
 

Abertura
 

Um dos responsáveis pela programação que homenageia Mano Décio, o jornalista e Conselheiro da ABI, Lênin Novaes, foi quem deu início à solenidade: “É com muita honra que a Associação Brasileira de Imprensa, o Instituto Cultural Cravo Albin, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano, com o apoio da Capemisa Vida e Previdência, orgulhosamente celebram o centenário de nascimento do compositor Mano Décio da Viola nesta noite. Mano Décio é co-autor de sambas antológicos como “Heróis da liberdade” e “Exaltação a Tiradentes”, entre outros.
 

Em seguida Lênin Novaes se referiu à data de nascimento de Mano Décio na cidade de Santo Amaro da Purificação (BA), em 14 de julho de 1909, e à sua morte no Rio de Janeiro, em 18 de outubro de 1984.



Em seguida Maurício Azêdo explicou para a platéia o motivo de a ABI, uma entidade de jornalistas, prestar homenagem a uma figura da música popular. Segundo ele esta história começa com a inauguração da sede, “que resultou da luta de uma geração de jornalistas e do entusiasmo, idealismo e capacidade do ex-Presidente Herbert Moses”.
 

Show
 

Ao final do debate, foram prestadas homenagens do Comitê Mano Décio é 100 (integrado pela Associação Brasileira de Imprensa, Instituto Cultural Cravo Albin e Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano), com a entrega de um troféu a personalidades que deram muitas e importantes contribuições para a memória e a divulgação do samba carioca. Entre os agraciados estavam Roberto Silva e Hiram Araújo.
 

Também integram a lista dos contemplados com o troféu — mas que devido a compromissos particulares estiveram ausentes na festa — Paulinho da Viola, Elza Soares, João Bosco, Martinho da Vila e D. Ivone Lara, que justificou a sua ausência por conta de uma forte gripe.
 

Em seguida foi a vez de Jorginho do Império subir ao palco do Auditório Oscar Guanabarino, acompanhado da sua banda, para emocionar a platéia com um show magnífico intitulado “De pai para filho”, no qual interpretou belíssimos e antológicos sambas de autoria do seu pai, como “A paz universal”, “Antônio Castro Alves”, “Heróis da liberdade”, “Hora de chorar”, “Exaltação a Tiradentes”, “Exaltação ao Brasil holandês”, “Exaltação Bárbara Heliodora”, “Medalhas e brasão”, “Obsessão”, “61 anos de República” e “Rio dos vice-reis”.



Informações da Associação Brasileira de Imprensa