Baiano assume interinamente o Ministério da Igualdade Racial

Na próxima terça-feira (28/07), o subsecretário de Políticas para as Comunidades Tradicionais, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir, Alexandro Reis, assume interinamente a pasta em virtude das férias do ministro Eds

Ao lado do Ministro dos Esportes, Orlando Silva, Reis torna-se o segundo baiano negro a ocupar um cargo ministerial no Governo, que já teve a participação de negros em outros setores estratégicos, a exemplo das pastas de Desenvolvimento Social, com Benedita da Silva; Meio Ambiente, com Marina Silva; e Cultura, com Gilberto Gil. “Acredito que é um processo de consolidação do avanço das políticas de igualdade racial no Brasil, inaugurado por Lula”, opinou.


 


Sobre o PCdoB, Reis destacou a atuação do partido na defesa dos direitos sociais e econômicos para toda a população. “O partido tem dado grande contribuição para a promoção da igualdade racial, reconhecendo que a luta por um país mais desenvolvido, mais justo e igualitário passa, efetivamente, pela superação do racismo e das desigualdades raciais existentes”, completou.


 


À frente da subsecretaria de Políticas para as Comunidades Tradicionais há um ano e três meses, Alexandro permanece na gestão da Seppir até o início de agosto. No dia 6, inclusive, será inaugurado o Centro de Referência Cigano, no município de Souza, na Paraíba. “Trata-se do primeiro Centro Cigano da América Latina”, enfatizou Alexandro Reis, adiantando que também já está em curso o lançamento do Prêmio da Cultura Cigana, em parceria com o Ministério da Cultura e a Secretaria dos Direitos Humanos. “A nossa idéia é valorizar a cultura cigana no país e os grupos ciganos, que vivem marginalizados e sofrem grande preconceito”, explicou.


 


Sobre os projetos e ações para com as comunidades tradicionais quilombolas e indígenas, a prioridade é mesmo a regularização fundiária e a implementação de políticas públicas sociais nas áreas de saúde, educação, saneamento básico e geração de emprego e renda. Quanto aos terreiros, o foco é assegurar a recuperação física dos que já foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – dos quais, cinco somente aqui na Bahia -, e concluir o mapeamento dos terreiros de Candomblé e Umbanda.


 


“São ações em promoção à igualdade racial, justamente porque a desigualdade social, no Brasil, tem o racismo como base fundamental”, definiu Reis, que é militante da União de Negros pela Igualdade – Unegro e integrante da Frente Anti-racista do PCdoB. “Quando o partido participa de todo esse processo, demonstra que tem compromisso com o desenvolvimento e a soberania do nosso país”, ratificou.


 


De Salvador,


Camila Jasmin