Bases da Polícia Federal na frontiera do Amazonas com a Colômbia
O ministro da Justiça, Tarso Genro, diz que nos próximos dias entrarão em funcionamento as bases da Polícia Federal (PF) de Garatéia e Anzol no rio Solimões, na região de fronteira do Brasil c
Publicado 27/07/2009 11:36 | Editado 04/03/2020 16:12
A deputada diz que o problema está sendo levantado pela própria população dos municípios. “A região do Alto Solimões é estratégica, pois além de fazer fronteira com importantes países da América do Sul, também representa a principal entrada de barcos colombianos que trazem grandes quantidades de entorpecentes ilegais em suas cargas”, explicou a parlamentar.
Com base em informações da Superintendência Regional da PF no Amazonas, o ministro informou à deputada que as instalações da Base Garatéia estão concluídas e os equipamentos disponíveis, restando aguardar a lotação de novos delegados da PF formados no início do mês em Tabatinga. Eles vão trabalhar em sistema de revezamento.
Para a entrada em funcionamento da Garatéia, também será necessário que sejam concluídas as instalações da Anzol que foi desativada temporariamente para reforma e mudança estratégica de local.
“Tanto a reforma da Base Anzol, que será realizada com recursos já disponibilizados, quanto a posse dos novos delegados deverão ocorrer nos próximos dias, o que leva a crer que o início das atividades da Base Garatéia deverá ocorrer até o fim deste mês de julho”, diz a resposta.
Instalada para controlar os meios de transporte aéreo, fluvial e o trânsito de cargas e pessoas na fronteira, a Base Anzol começou a funcionar em 2000 na comunidade de Palmares, rio Solimões, junto a foz do Rio Belém. Insuficiente para atender a demanda, foi autorizada a criação ainda no Solimões da base de Garatéia, sendo localizada abaixo do município de Santo Antônio do Iça.
As duas bases estão inseridas no contexto da Operação Cobra (Colômbia-Brasil) instituída pelo governo brasileiro preocupado com eventuais “efeitos colaterais” do Plano Colômbia, adotado pelo país vizinho com o pretexto de combater o narcotráfico com a ajuda dos Estados Unidos. Ou seja, o governo quer evitar que os conflitos internos daquele país ultrapassem a fronteira brasileira.
A Operação Cobra da PF atua em toda a extensão da fronteira do Brasil com a Colômbia (1.644 km) por prazo indeterminado. Os principais objetivos são desarticular o tráfico de armas e entorpecentes; reforça a presença do poder público na região; resguardar a faixa de fronteira de imigração clandestina; proteger a população indígena e; impedir a violação do território brasileiro.
De Brasília,
Iram Alfaia
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