Manifestações contra o governo Yeda marcam Jornada de Lutas

A manhã desta sexta-feira(14) foi marcada por manifestações contra o governo Yeda na capital gaúcha. Aproximadamente dois mil manifestantes iniciaram a Jornada Nacional de Lutas num ato simbólico que se concentrou em frente à FIERGS e logo após se juntou à outros movimentos sociais em frente ao Palácio Piratini.

Palavras de ordem condenando o jeito tucano de governar eram manifestados por estudantes, trabalhadores, sindicalistas e parlamentares que mostravam sua indignação com as denúncias de corrupção do MPF ao governo do Estado.

O deputado Raul Carrion (PCdoB) fez críticas ao governo e citou que na já madrugada haviam bloqueios nos acessos ao Piratini.

“O povo gaúcho não tem medo do estado de sítio que a governadora impôs ao Rio Grande do Sul” afirmou o parlamentar.

Em nota a manifestação de repúdio

A Bancada do PCdoB manifesta seu repúdio e indignação com a atitude da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, transformada em guarda pretoriana pela governadora ré, nesta sexta-feira (13).

O líder do partido, deputado Raul Carrion, lamentou a ação da BM, que retirou faixas e cartazes de manifestantes que protestam contra a corrupção no Governo Yeda Crusius. “O Rio Grande do Sul amanheceu sob estado de sítio com os direitos constitucionais suspensos.”

Lembrou ainda o deputado, que a rua Marechal Deodoro, que dá acesso à área em frente ao Palácio Piratini, foi trancada há vários meses, impedindo a aproximação de veículos e pessoas. “São atos que caracterizam um atropelo escandaloso ao direito de manifestação garantido pela Constituição”, lembra.

As entidades CTB, UNE, UBES, UJS divulgaram material intitulado “Fora Yeda Já e o jeito tucano de governar” como forma de protesto a situação caótica da política neoliberal instalada no governo do Estado.

Confira na íntegra o documento

O Rio Grande está à deriva! A situação política atual de desgoverno instalada no Estado é de caos. Fruto de um projeto que não serve aos interesses do povo e que foi iniciado a partir das eleições de 2006 no Piratini, representado por Veda e Feijó. Este projeto tucano só tem provocado o atraso para o Rio Grande. Em nome de um ilusório Déficit Zero, sucateia os serviços essenciais à população como saúde, segurança e educação. Defende o modelo neoliberal, que sustenta o que há de mais atrasado no mundo e que originou a crise do capitalismo, ou seja, é um modelo falido.

O momento vivido pelo RS agravou-se após a denúncia do Ministério Público Federal envolvendo importantes nomes do Governo do Estado, entre eles o da Governadora VEDA do PSDB. Nosso estado que sempre foi referencia política não merece viver esse momento de cotidianas crises. Hoje o (des)governo tucano do RS se preocupa apenas em se defender das denúncias de corrupção.

Ou seja, o governo acabou! Agovernabilidade não existe mais. Por isso defendemos a imediata apuração e amplo esclarecimento público dos fatos denunciados pelo MPF e que os envolvidos sejam punidos. E, para retomar a governabilidade do RS, somente com o FORA VEDA JÀ (E fora o jeito tucano de governar). Isso pode acontecer!

A alternativa para nosso estado sair dessa crise política e econômica instalada pelos mesmos tucanos que volta e meia reaparecem na cena nacional através de SERRA e FHC esta na superação desse atual projeto instalado no Piratini com o FORA VEDA JÀ e com união de amplos setores da sociedade em torno de uma saída articulada com o projeto nacional de desenvolvimento.

O Rio Grande na Jornada Nacional de lutas

O Brasil e o Rio Grande do Sul vão às ruas no dia 14 de agosto. Os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade unidos contra a crise e as demissões. Por emprego, melhores salários, direitos e políticas sociais.

A crise da especulação e dos monopólios estourou no centro do sistema capitalista mundial os Estados Unidos da América e atinge todas as economias.
Lá fora – e também no Brasil -, trilhões de dólares estão sendo torrados para cobrir o rombo nas multinacionais, em um poço sem fim. Mesmo assim, o desemprego se alastra, podendo atingir mais de 50 milhões de trabalhadores.

O povo não é o culpado pela crise. Ela é resultado de um sistema que entra em crise periodicamente e transforma o planeta em uma imensa ciranda financeira, com regras ditadas pelo mercado. Diante do fracasso desta lógica excludente, querem que a Classe Trabalhadora pague pela crise.
Com este espírito de unidade e luta, vamos realizar, em todo o país, grandes mobilizações:

Em defesa do emprego;
Contra as demissões em massa;
Pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários e direitos;
Pela ratificação das Convenções 158 e 151 da OIT.
Pela redução dos juros e fim do superávit rimário;
Pela reforma agrária e urbana, '
Fim do fator previdenciário e valorização do aposentado;
Em defesa da Petrobrás e das riquezas do pré-sal,
Por mais investimentos em saúde, educação e moradia,
Pela continuidade da valorização do salário mínimo,
Contra o golpe de estado em Honduras e pela solidariedade internacional aos povos.