Ato Fora Gilmar reúne dezenas de manifestantes em Fortaleza

“Ô Gilmar Mendes, presta atenção, jornalista tem que ser com formação” e “Fora Gilmar!” foram algumas das palavras de ordem que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, ouviu dos cerca de 100 manifestantes que o recepcionaram na manhã desta terça, dia 25, em Fortaleza. O ato foi realizado na entrada principal do Fórum Clóvis Beviláqua, onde ele visitou iniciativas ligadas ao Mutirão Carcerário.

Protesto Gilmar Mendes

Além de profissionais, estudantes e professores de jornalismo, gráficos, metalúrgicos, e trabalhadores dos Correios e do Judiciário participaram do protesto. Com megafone, faixas, narizes de palhaço, apitos, pirulitos e chapéus de mestre-cuca os manifestantes disseram ao ministro que a população cearense repudia a derrubada da obrigatoriedade do diploma, a criminalização dos movimentos sociais, a privatização dos Correios e a proteção dada pelo ministro ao banqueiro Daniel Dantas.

Apesar de ter entrado no edifício pela garagem com acesso pelo subsolo e tentado evitar os manifestantes, Gilmar Mendes não pôde deixar de vê-los e de ouvi-los. O grupo permaneceu em frente à porta principal durante todo o tempo em que durou a visita ao Fórum. O barulho da manifestação na área externa era facilmente ouvido de dentro do prédio. Na parte interna, representantes do movimento Crítica Radical e da União das Mulheres Cearenses também protestaram em favor da libertação do ex-ativista italiano Cesare Batistti.

O ato contou com a presença de diretores da Fenaj (Valci Zuculoto, Deborah Lima – também presidente do Sindjorce – e Adriana Santiago), diretores do Sindjorce (Cristiane Bonfim, Fátima Medina e Mirton Peixoto), da representante do Departamento de Assessoria de Imprensa do sindicato, Ângela Marinho, e de estudantes e professores da Faculdades Cearenses (FAC), da Faculdade Integrada do Ceará (FIC) e da Universidade de Fortaleza (Unifor).

Outra manifestação cobrou uma posição de libertação do italiano Cesare Battisti. O italiano é considerado terrorista de extrema esquerda e condenado à prisão perpétua pela Justiça da Itália por quatro assassinatos no fim dos anos 1970. Battisti está preso no Brasil há dois anos. Gilmar chegou a falar com uma manifestante, mas durante a entrevista coletiva em seguida não se pronunciou oficialmente sobre o caso. O ministro também não quis comentar o fim da obrigatoriedade do diploma de ensino superior para jornalista.

Fonte: Sindjorce e Jornal O Estado