Em meio a crise e CPI, Yeda anuncia nova troca de secretários
A governadora tucana Yeda Crusius anunciou, na tarde desta quarta-feira (2), mudanças no comando da Casa Civil, secretaria da Educação e Secretaria-Geral de governo do Estado.
Publicado 02/09/2009 18:10 | Editado 04/03/2020 17:11
Na chefia da Casa Civil, sai José Alberto Wenzel (PSDB) e entra o ex-presidente da Assembleia Legislativa e do IPE e diretor do BRDE, Otomar Vivian (PP). Vivian leva o PP de volta à Casa Civil após 25 anos.
A diretora-presidente da Fepam, Ana Pellini, assume a Secretaria-Geral de Governo no lugar de Erik Camarano. Ervino Deon (PSDB), ex-secretário de educação de Cachoeirinha, substitui Mariza Abreu (PSDB) na secretaria de Educação.
Wenzel foi anunciado como secretário de Relações Institucionais, no lugar de Celso Bernardi, que irá para a diretoria do BRDE. Em seu pronunciamento, Yeda afirmou que "as mudanças do secretariado vem sendo trabalhadas a muito tempo, de maneira consensual, inclusive com os partidos políticos".
Crise no RS
A tucana Yeda Crusius enfrenta uma crise política sem precedentes, desde que o Ministério Público Federal denunciou a governadora, seu ex-marido e mais seis pessoas por improbidade administrativa. Com 80% do conteúdo baseado em diálogos telefônicos interceptados com autorização judicial, o processo de 1.238 páginas mostra os bastidores de corrupção e troca de favores do governo estadual.
Os procuradores sustentam a tese de que os nove réus, incluindo a governadora Yeda Crusius, participaram ativamente do desvio de R$ 44 milhões do Detran, revelado pela Operação Rodin, em novembro de 2007.
A CPI da Corrupção, recém-instalada na Assembleia gaúcha, investiga os desdobramentos da Operação Rodin e já provoca embates entre deputados da oposição e da base aliada de Yeda no Legislativo. A comissão tem prazo de 180 dias para concluir os trabalhos.
De Porto Alegre,
Isabela Soares