Integração na Fronteira Oeste Brasil – Peru
Edvaldo Magalhães, que participava da Assembleia Aberta em Santa Rosa. Os peruanos pediram que a Aleac intercedesse junto ao governo brasileiro para que Esperanza e outras cidades isoladas do Peru pudessem negociar com as cidades brasileiras da fronteira de forma legal, banindo o contrabando e outros ilícitos comuns nas localidades onde o Estado está ausente.
Publicado 10/09/2009 10:45 | Editado 04/03/2020 16:10

Cruzeiro do Sul se apronta para inverter o comércio do Acre
Voos lotados por cinco dias, hotéis sem vagas, filas nos restaurantes e carros de aluguel esgotados formam um quadro revelador: a cidade de Cruzeiro do Sul, capital do Grande Vale do Juruá, vive um momento atípico nos últimos cinco dias de agosto de 2009, quando sedia o II Encontro Político Empresarial Acre- Ucayali, Huanuco e Ancash.
O evento visa concretizar o sonho de tornar Cruzeiro do Sul a porta de entrada e saída de uma nova rota comercial para o Acre, como vem sendo articulado há mais de um ano num movimento iniciado durante a Assembleia Aberta 2008 em Santa Rosa do Purus. Em maio daquele ano um grupo de empresários e políticos peruanos de Puerto Esperanza, capital da Província do Alto Purus, procurou o presidente da Aleac,
Edvaldo Magalhães, que participava da Assembleia Aberta em Santa Rosa. Os peruanos pediram que a Aleac intercedesse junto ao governo brasileiro para que Esperanza e outras cidades isoladas do Peru pudessem negociar com as cidades brasileiras da fronteira de forma legal, banindo o contrabando e outros ilícitos comuns nas localidades onde o Estado está ausente.
A Aleac, ciente de seu papel de representar o interesse do povo, além de fiscalizar o governo e fazer leis, assumiu a demanda e deu início a uma série de articulações que resultariam, em junho de 2009, na primeira exportação pelo rio Purus com alfandegamento de acordo com todas as regras em Santa Rosa.
“A experiência deste primeiro alfandegamento e a acolhida que tivemos de todos os órgãos federais responsáveis pelo comércio exterior nos mostrou que poderíamos abrir um caminho ainda maior e permanente de comércio não só na região de fronteira, mas de todo o Grande Juruá com o Peru”, explica Edvaldo.
O impulso de Santa Rosa do Perus levou a Aleac e o governo do Estado a participarem de dois encontros com parlamentares e governadores de três Estados do Peru, um deles em Pucallpa e outro em Cruzeiro do Sul, no final deste mês de agosto.
Um carregamento de 20 toneladas de produtos hortifruti concretizou o negócio que deverá se ampliar a partir de outubro próximo com a realização de voos de cargas e passageiros semanais ampliando as oportunidades de negócios e de lazer de toda a população do Acre.
Veja matéria completa no site da Aleac.