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Líder do Governo cobra opinião de Serra e Aécio sobre pré-sal

O líder do Governo na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-SP), rechaçou as críticas da oposição que insiste em dizer que os projetos do pré-sal que estão para o debate no Congresso Nacional são ações eleitoreiras. Ele cobrou, por exemplo, um posicionamento sobre o mérito das matérias. "O País aguarda da oposição, sobretudo de grandes líderes como os governadores José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG), que opinem, sobre a proposta de partilha na exploração do petróleo", disse.

De fato no site oficial do PSDB o maior destaque é dado ao trabalho dos tucanos agora no Senado para retirar o regime de urgência para avaliação dos projetos do pré-sal. Na ausência de opinião sobre o mérito, são constantes as críticas sobre o viés eleitoreiro das medidas.

"Temos muitas dúvidas e o tempo de discussão deve ser o de esclarecer. É um assunto complexo. Não há motivo para debates açodados", afirmou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Segundo a Agência Tucana, ele disse estar convencido de que o presidente Lula também irá retirar a urgência no Senado.

No principal texto do site, o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), demonstra preocupação com o uso eleitoreiro que o governo faz sobre o assunto. “Guerra não tem dúvida de que o objetivo do PT e do presidente Lula é montar uma armadilha eleitoral para a oposição no debate e, a partir daí, construir um discurso de campanha para a ministra da Casa Civil e candidata presidencial Dilma Rousseff”, diz a agência dos tucanos.

"O debate que o Brasil quer fazer é como utilizar a riqueza do pré-sal para garantir o desenvolvimento", rebateu Fontana. Segundo ele, as estimativas mais tímidas preveem que as reservas de petróleo brasileiras devem duplicar. "No regime de partilha, como o governo Lula propõe, a Nação ficará com 70% a 80% do petróleo a preço de mercado", ressaltou.

Fontana também contrapôs a defesa do regime de concessão, feita por parlamentares do Democratas, lembrando que nesse caso o Brasil fica com bônus que não passa de 30% do petróleo extraído. "Dos 15 países que detêm as maiores reservas, apenas dois usam o sistema de concessão", argumentou.

O líder do Governo ainda elogiou o acordo entre governo e oposição que permitiu destrancar a pauta da Câmara, em troca da retirada da urgência dos projetos do pré-sal. Na próxima terça-feira (15), serão instaladas as comissões especiais para cada um dos quatro projetos. "Com isso, iniciaremos a discussão sobre as propostas, e isso será muito bom", disse Fontana.

De Brasília,
Iram Alfaia