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Primavera dos Livros oferece obras diferenciadas e com desconto

Enquanto a Bienal do Livro concentra as atenções do grande público, outro evento busca dar visibilidade às editoras independentes. É a Primavera dos Livros, que começou nesta quinta (10) e vai até domingo (13) no Centro Cultural São Paulo, na capital paulista. A feira reúne 56 editoras que oferecem obras que não são encontrados facilmente em Bienais ou na maior parte das livrarias. Os livros são vendidos com descontos entre 10% e 40%, um atrativo a mais. A entrada é gratuita.

O tema da 14ª edição da Primavera dos Livros é "A liberdade de ler o mundo". Em um espaço de 700 m², estarão presentes editores e autores, intelectuais e outros atores da cadeia produtiva do livro, numa intensa programação cultural para adultos e crianças, que inclui mesas-redondas, oficinas e lançamentos. A Primaveira acontece das 10h às 22h.

O evento é organizado pela Liga Brasileira de Editoras (Libre), entidade que representa editoras independentes do país e busca ser uma alternativa à Bienal para as pequenas empresas do setor. Além da venda de livros e eventos com autores em geral, a Libre também promove encontros direcionados ao mercado editorial.

Diversidade cultural

É crescente em todo o mundo a valorização do trabalho de editoras independentes, responsáveis por catálogos diferenciados, pela revelação de autores e ilustradores inéditos e pelo compromisso permanente com a qualidade. De acordo com a Libre, a grande ameaça que a globalização mercadológica impõe ao universo do livro é a pasteurização, a uniformização da oferta, a morte da pluralidade, o fim da bibliodiversidade. E é nesse ponto que a edição independente faz a diferença, com seus acervos originais, únicos.

Segundo Renata Farhat Borges, presidente da entidade, o mercado editorial brasileiro, na mesma medida de outros segmentos da economia, demonstra a tendência crescente da concentração e internacionalização do capital, prejudicial à manifestação livre e democrática da diversidade cultural dos povos. Por isso, diz ela, a bandeira da Primavera e da Libre é a "liberdade de ler o mundo".