Professores em greve. Governo do Rio sanciona lei do Nova Escola

O governo do Rio de Janeiro sancionou a lei que incorpora a gratificação do Nova Escola, aprovada na Alerj no dia 9, em sete anos. Os profissionais de educação, que entraram em greve no dia 8, dizem que vão manter a paralisação até o dia 15.

Segundo a categoria, os profissionais de 40 horas e os funcionários não foram contemplados pelo substitutivo do governo, além da redução do valor da incorporação no final do parcelamento.

A aprovação do projeto, na Alerj, causou grande tumulto. Professores e policiais entraram em confronto. Várias bombas de efeito moral foram lançadas pela corporação, além de tiros com balas de borracha. Onze pessoas ficaram feridas.

Com a pressão dos professores, a proposta original do governo foi alterada, o que garantiu a manutenção do interstício de 12% – pago como progressão por tempo de serviço, a cada cinco anos. O texto enviado pelo governo reduzia o percentual a 7,5%.

Segundo o diretor do Sepe (Sindicato dos Profissionais de Educação) e diretor executivo da CTB-RJ, José Carlos Madureira, que condenou a violência policial, a manutenção dos 12% no plano de carreira foi positiva, pois não foram retirados direitos dos professores. Porém, ele criticou a falta de uma proposta de reajuste anual, o longo período de incorporação da gratificação e a ausência de propostas que atendessem o conjunto dos profissionais de educação.

A categoria deseja que o governo do estado atenda às reivindicações de inclusão dos profissionais que trabalham em regime de 40 horas no plano de carreira, vencimentos com o valor do mínimo estadual para os funcionários administrativos e a incorporação, ainda neste mandato, da gratificação do Nova Escola.

Na próxima terça-feira, dia 15, a categoria realiza um ato público em frente à Assembleia Legislativa (Alerj), às 14h, e, após o ato, haverá nova assembleia para definir os rumos do movimento.