Campanha pede “não” em enquete sobre ensino religioso nas escolas

Esta enquete está relacionada ao Acordo assinado entre Brasil e Santa-Sé, que para parcela importante dos movimentos sociais, representa uma violação do Estado laico, visto que traz em seu conteúdo a oficialização do ensino religioso nas escolas públicas brasileiras.

O Vaticano já se pronunciou que o ensino religioso, conforme o acordo assinado, não pode ser comparativo ou neutro, ou seja, não deve se limitar a um estudo cultural de diversas religiões, mas sim ser confessional (leia matéria reproduzida do jornal O Estado de São Paulo, de 10/9).

Ao passo que grupos religiosos católicos organizados fazem campanha pelo “sim”, as Católicas pelo Direito de Decidir, movimento feminista que defende a legalização da interrupção voluntária da gravidez, iniciaram nesta semana uma campanha pelo “não”, via correios eletrônicos.

As campanhas se fundamentam na idéia de que o resultado da enquête poderá influenciar na votação do Acordo, que agora está aguardando votação no Senado. No momento, o resultado é favorável aos que defendem o ensino religioso facultativo nas escolas públicas por 75% contra 25%.

Entidades do movimento educacional, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a ONG Ação Educativa já haviam se posicionado contra o acordo, assim como associações de evangélicos e também de ateus e agnósticos.

Da redação, com Católicas pelo Direito de Decidir