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ONU: Crimes de guerra foram cometidos em Gaza

Relatório de comissão de inquérito da ONU diz que os dois lados no conflito cometeram graves violações dos direitos humanos e da lei humanitária internacional durante o conflito; documento foi divulgado na terça-feira (15).

Existem provas indicativas de que Israel cometeu crimes de guerra e possivelmente contra a humanidade durante o último conflito em Gaza.

A afirmação, divulgada nesta terça-feira, está no relatório da Comissão de Inquérito da ONU, que apurou alegações de violação dos direitos humanos durante o confronto. O grupo de quatro especialistas é liderado pelo juiz sul-africano Richard Goldstone.

Punição coletiva

Segundo o documento, existem provas de que grupos armados palestinos cometeram o mesmo tipo de crime, ao dispararem várias bombas e foguetes para o sul de Israel.

A comissão foi criada em abril pelo presidente do Conselho de Direitos Humanos, para investigar violações das leis humanitárias internacionais no contexto das operações militares em Gaza, entre 27 de dezembro de 2008 e 18 de janeiro de 2009.

Segundo a missão, um bloqueio foi imposto por Israel junto à Faixa de Gaza antes de iniciar os seus ataques, implementando uma política progressiva de isolamento e punição coletiva ao território.

Durante a operação, casas, fábricas, hospitais e outros edifícios públicos foram destruídos. O relatório indica que os habitantes de Gaza, particularmente crianças, continuam sofrendo os efeitos do conflito.

A comissão revela que 30% das crianças que frequentam escolas administradas pela ONU no território sofrem de problemas psicológicos.

Alvos militares

Entre os incidentes que segundo o relatório podem representar crimes de guerra, estão um ataque a uma mesquita durante a hora de orações e um ataque contra o hospital de Al Quds.

A missão da ONU realça também que os ataques de foguetes por parte de grupos palestinos provocaram terror entre as comunidades do sul de Israel. O documento afirma que esses ataques podem representar crimes de guerra ao não distinguirem alvos militares da população civil.

Fonte: Rádio das Nações Unidas