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Israel anuncia campanha para desmerecer relatório da ONU

As autoridades israelenses na ONU conduzirão uma campanha diplomática para procurar desmerecer o relatório elaborado pelas Nações Unidas, que denuncia os crimes de guerra cometidos por Israel em sua agressão de dezembro e janeiro na Faixa de Gaza.

Em declarações dadas nesta quinta-feira (17), o vice-ministro de Relações Externas Danny Ayalon manifestou que se governo mibilizará "nossos amigos na ONU e em particular os Estados Unidos e diversos países europeus para que esse relatório seja pura e simplesmente enterrado".

Por sua vez, o porta-voz da chancelaria, Ygal Palmor, disse à agência France Presse que os "esforços" serão dirigidos a bloquear e se opor aos efeitos nocivos e perversos do relatório da comissão Goldstone".

As Nações Unidas revelaram na última quarta-feira um relatório de 574 páginas no qual acusa explicitamente as forças de ocupação israelenses de terem cometido em Gaza atos de crime de guerra, e também que "em certas circunstâncias, crimes contra a humanidade".

O documento reune 200 entrevistas e mais de 20 mil páginas com evidências e imagens fotográficas que mostram as ações criminosas das tropas israelenses durante a invasão do território palestino nos meses de dezembro e janeiro últimos.

Nos mais de 20 dias de intensa campanha militar na Faixa de Gaza morreram cerca de 1.400 palestinos, sendo a maior parte deles civis, de acordo com organizações de direitos humanos, e 13 israelenses perderam a vida, dentre os quais 10 soldados.

A comissão criada pela ONU para investigar os fatos foi presidida pelo juiz sul-africano Richard Goldstone.

Revelado o conteúdo do texto, a reação das autoridades do Estado de Israel não se fez por esperar, entre elas a do presidente do parlamento, Réouven Rivlin, que arremeteu contra as Nações Unidas acusando o organismo de "duas caras"

O chanceler israelense reagiu como se esperava, simulando "horror e decepção" com o documento, insistindo em defender o que chama de "direito de Israel a se defender".

Com informações da Agência Prensa Latina