Sem categoria

Crise econômica global: A exuberância irracional voltou

Sem que as principais economias do mundo tenham conseguido remover as principais causas da crise, as bolsas mundiais começam uma viver uma nova gigantesca bolha. Quarta-feira, as principais bolsas dos Estados Unidos fecharam nos maiores níveis em quase um ano, puxadas pelos setores financeiro e de energia. O Dow Jones subiu 1,12%, puxado pelo setor de componentes, como American Express (3,4%), General Electric (6,3%) e JPMorgan Chase (3,4%).

O índice registrou alta em oito das últimas nove sessões. Do início do mês até agora, o Dow Jones acumula ganho de 3,11%. O S&P 500 avançou 1,53%, alavancado pela alta de 3,4% do setor financeiro e de 2,3% dos papéis de energia. O Nasdaq subiu 1,45%. Os índices já subiram cerca de 40% desde as mínimas registradas em março deste ano. No entanto, analistas alertam para o aumento do apetite por ativos arriscados.

"Em agosto, muitas pessoas estavam comprando proteções contra um setembro potencialmente difícil. Agora, as pessoas estão sendo forçadas a sufocar essas apostas, gerando mais compras em todos os mercados", disse John Brady, vice-presidente da MF Global. No Brasil, a Bovespa subiu 1,94%, fechando em 60.410,66 pontos, rompendo, pela primeira vez no ano, o patamar dos 60 mil pontos, atingindo o maior nível desde 21 de julho de 2008. Já o dólar viveu mais um dia de queda e fechou a R$ 1,800, menor nível do ano.

O volume financeiro foi o maior do mês, pela primeira vez na casa dos R$ 7 bilhões. Em relação à média diária de setembro, o movimento foi 40,12% maior, ao somar R$ 7,018 bilhões. A disparada das bolsas levou os analistas da coluna Internacional a lembrar que, em 1928, o presidente dos EUA e um dos maiores responsáveis pela Depressão de 1930 Calvin Coolidge disse: "Os EUA jamais haviam encontrado perspectivas tão agradáveis como no presente momento."

A informação é do Monitor Mercantil