Secretária de Mulher do PCdoB saúda iniciativa da Agência da ONU
“Uma nova agencia voltada para a questão da mulher, dentro desses programas em busca igualdade de gênero, e que esperamos que desenvolva projetos articulados com governos e sociedade civil na construção efetiva dessa igualdade”, disse a secretária nacional de Mulher do PCdoB, Liège Rocha, sobre a decisão da Assembléia Geral da ONU de criar uma Agência para as Mulheres, ratificada na última segunda-feira (14/09), em Nova York.
Publicado 17/09/2009 18:13 | Editado 04/03/2020 16:20
A deliberação da ONU, aprovada unanimemente, atende a uma proposta do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher – Unifem de garantir expressiva presença nos países. A expectativa é que a Agência amplie a distribuição de recursos para o desenvolvimento e aplicação de políticas para as mulheres, invista no assessoramento aos países e governos, e construa uma maior integração das agências das Nações Unidas na agenda de equidade de gênero. “A Unifem tem desenvolvido ações com o governo brasileiro e organizações da sociedade civil no enfrentamento à violência contra a mulher e nessa campanha das mulheres nos espaços de poder”, elogiou Liège.
Além da Unifem, a Agência deverá unificar e consolidar o trabalho desenvolvido pela Assessoria Especial do Secretário Geral para Assuntos de Gênero, a Divisão das Nações Unidas para o Avanço das Mulheres e o Instituto Internacional de Pesquisa e Treinamento para o Avanço das Mulheres. A estruturação do novo órgão ficará a cargo do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Realidade nacional
A implantação de políticas públicas de governo que combatam a discriminação, a implementação do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, a adoção de programas de equidade de gênero nas instituições públicas e empresas privadas, e a garantia da participação da mulher nos espaços de poder foram apontadas pela secretária Nacional de Mulher do PCdoB como medidas fundamentais para efetivação da almejada igualdade de gênero. “Essa batalha que as mulheres vêm travando para ocupar os espaços de decisão e poder é, também, uma questão de construção da democracia”, ressaltou.
Nesse sentido, a nova Reforma Eleitoral desponta no cenário atual como instrumento capaz de conferir mais visibilidade à questão. O texto aprovado destina 5% do Fundo Partidário para investimentos na formação política de mulheres e determina que 10% do tempo das propagandas partidárias sejam para promover e difundir a participação feminina. “São mecanismos que podem ir construindo essa igualdade de gênero na sociedade”, reiterou Liège, que também é integrante da executiva nacional da União Brasileira de Mulheres – UBM.
De Salvador,
Camila Jasmin, com agências