Greve nacional dos bancários inicia por tempo indeterminado
Após assembleia realizada na noite desta quarta-feira (23), bancários de 18 Estados e do Distrito Federal decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. No país, a categoria reúne 420 mil funcionários representados por 134 sindicatos ligados à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Publicado 25/09/2009 15:45 | Editado 04/03/2020 17:11
Os bancários rejeitaram a proposta salarial dos bancos, que ofereceram reajuste de 4,5%. Os trabalhadores reivindicam o reajuste salarial de 10% e aumento na Participação dos Lucros e Resultados (PLR).
Everton Gimenez, diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e região (SindiBancários), afirma que no Rio Grande do Sul apenas o sindicato do município de Bagé, sul do estado, ainda não aderiu à paralisação. Gimenez enfatiza que o aumento oferecido pelos banqueiros é muito inferior frente ao lucro por eles obtido nos últimos anos.
“Tivemos cinco rodadas de negociações para os banqueiros nos oferecerem apenas 4,5% de aumento. Achamos isso insuficiente, tendo em vista o lucro histórico desses bancos. Apesar de o lucro deste ano ser ainda maior, eles nos ofereceram uma participação nos lucros inferior ao do ano passado. Enquanto a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apontar uma nova proposta, a greve continua. Nós estamos indo nas agências que ainda não estão fechadas para negociar a adesão e aumentar o movimento”, diz.
De acordo com Gimenez, na capital, todas as agencias da Caixa Econômica federal aderiram à greve. Ainda salienta que a paralisação atinge 70% das agências do Banco do Brasil e das demais agências privadas do estado.
Fonte: Agência Chasque