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Direita alemã, apesar da vitória de Angela, tem queda na votação

A aliança da chanceler federal alemã Angela Merkel poderá governar em uma coligação com os liberais. Já os social-democratas amargaram o pior resultado da sua história. A União Democrata Cristã (CDU), de Angela, e a União Social Cristã (CSU), seu parceiro regional bávaro, obtiveram aproximadamente 34% dos votos. Apesar de esse resultado ser suficiente para a direita se manter no poder, é o segundo pior resultado dos conservadores no âmbito federal desde 1949.

O crescimento do Die Link, ou A Esquerda, e do Partido Verde não foi suficiente para barrar a vitória da direita alemã. "A Esquerda" com 12% dos votos, e o Partido Verde, com cerca de 11%, obtiveram seus melhores resultados em uma eleição parlamentar. A grande derrotada foi a social democracia, que obteve 11,6% votos a menos que na eleição anterior.

Foram 33,4% dos votos para os democratas cristãos (União Democrata Cristã – CDU) da primeira-ministra Angela Merkel, aliada ao Partido Social Cristão Bávaro (CSU), somados os 15% obtidos pela primeira vez pelo Partido Liberal (FDP).

Juntas, as três legendas conquistaram maioria para governar a Alemanha, sem necessitar do apoio da social democracia (Partido Social-Democrata – SPD), a grande derrotada nas eleições, nas quais obteve apenas 22,7% dos votos.

Esses resultados indicam uma retomada, pela nova coalizão de conservadores e liberais, das reformas liberais da década de 1990, época da anexação da Alemanha Democrática pelo governo neoliberal de Helmut Kohl.

O líder do Partido Social Democrata (SPD), Frank-Walter Steinmeier, admitiu a derrota, mas anunciou que fará "uma oposição feroz" no Parlamento.

O partido do até então ministro das Relações Exteriores amargou seu pior resultado em uma eleição federal e ao mesmo tempo a maior queda já registrada por um partido do país entre um pleito e outro.

Steinmeier, no entanto, antecipou que pretende concorrer à liderança da bancada social-democrata no Bundestag, câmara baixa do Parlamento alemão. "Agora precisamos impedir que haja um retrocesso aos anos 1990", acrescentou. Ele deixou em aberto se também concorrerá à presidência do partido.

A participação eleitoral nas eleições parlamentares alemãs deste domingo (27/09) caiu para um nível recorde desde a Segunda Guerra Mundial. Apenas 72,5% dos eleitores foram às urnas, ou seja, 5% a menos que no último pleito, quando já havia sido registrada uma baixa histórica.

Da redação, com agências