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EUA criticam golpistas de Honduras por barrar missão da OEA

Os Estados Unidos criticaram nesta segunda-feira (28) o governo golpista de Honduras por se recusar a receber uma missão da OEA (Organização de Estados Americanos). "Está na hora do regime de fato ceder. A cara ação eles aprofundam o fosso. É hora do regime avançar numa direção mais construtiva. Até agora, falharam nisso", disse o porta-vos do Departamento de Estado, Philip Crowley.

O diplomata assinalou qie os EUA apóiam os funcionários da OEA que foram a Tegucigalpa impulsionar o diálogo. E lamentou que seu ingresso tenha sido impedido.

Crowley disse que a posição de Washington é que tanto o governo de fato de Roberto Micheletti como o presidente deposto Manuel Zelaya empreendam um "diálogo significativo", com base no Acordo de San José, proposto pelo governante costarriquenho, Oscar Arias. O acordo inclui a volta de Zelaya à presidência e uma anistia geral.

A missão da OEA não conseguiu sair do Aeroporto Toncontín, onde desembarcou no domingo (27). Seus quatro integrantes foram retidos pelos agentes da migração hondurenhos.

O Conselho Permanente da OEA realizou nesta segunda-feira uma reunião extraordinária para analisar a situação criada pelo retorno dos diplomatas, que preparariam o terreno para uma futura visita de chanceleres latino-americanos.

O representante brasileiro na OEA, Ruy Casaes, disse que as novas ações do governo de fato mostram que este não está disposto a dialogar. Para Casaes, a situação chegou a um ponto em que existe uma ameaça à paz mundial.

No entanto, Lewis Amselem, representante interino dos EUA junto à OEA, disse na reunião que o regresso de Zelaya "não ajudou" os esforços diplomáticos para resolver a crise, depois do golpe de 28 de junho, servindo ao contrário para agravar a situação. "O retorno foi irresponsável", disse Amselem, culpando igualmente os que facilitaram a volta de Zelaya, abrigado desde o dia 21 na embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

As declarações com sinais invertidos têm sido comuns da parte de funcionários de Washington, desde que estourou a crise hondurenha. A própria secretária de Estado, Hillary Clinton, e até o presidente Barack Obama chegaram a afirmar que ocorrera um golpe de Estado em Honduras, enquanto Washington não formalizava essa avaliação.

Da redação, com agências