Sem categoria

Conselho de Segurança debate relatório Goldstone

O secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, tem apoiado a missão de inquérito do Juiz Richard Goldstone sobre os acontecimentos militares em Gaza desde a sua criação e quer que israelenses e palestinos realizem, sem atrasos, investigações internas credíveis sobre a conduta dos dois lados na guerra, informou nesta quarta-feira (14) a Rádio das Nações Unidas.

A afirmação foi feita esta quarta-feira pelo Subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Políticos, Lynn Pascoe, durante um debate do Conselho de Segurança sobre o Médio Oriente.

Crimes de Guerra

A reunião foi dominada por discussões sobre o relatório Goldstone que acusa tanto israelenses como grupos rebeldes palestinos de terem praticado durante o conflito ações que podem representar crimes de guerra e contra a humanidade.

Pascoe indicou que é convicção de Ban Ki-moon que as leis humanitárias internacionais devem ser respeitadas e que civis precisam ser protegidos em quaisquer situações ou circunstâncias.

Na sua intervenção no debate, o ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestiniana, Riad al Maliki, realçou que os crimes cometidos por Israel e documentados no relatório do Juiz Goldstone mostram a gravidade dos abusos perpetrados contra o seu povo.

A embaixadora de Israel junto à ONU, Gabriela Shalev, adjetivou o relatório como "parcial" e "tendencioso". Na sua arenga, alega que a investigação "favorece" e "legitima" o terrorismo, além de negar ao seu país o "direito" de se defender.

Mais de 1.400 palestinos foram mortos nos meses de dezembro e janeiro, em consequência de mais uma agressão militar israelense contra a Faixa de Gaza. Foi comprovado o uso por parte de Israel de munição e armamento proibido por convenções militares, como o uso indiscriminado de fósforo branco.

Da redação, com agências