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FMI quer limitar tamanho de bancos para evitar crises globais

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estuda a conveniência de limitar o tamanho das instituições financeiras no mundo para evitar futuras crises econômicas globais, afirmou o primeiro subdiretor-gerente do organismo, John Lipsky.

"Há instituições financeiras que são consideradas grandes demais para fracassarem", declarou Lipsky durante sua participação em uma conferência internacional organizada pelo banco central mexicano na Cidade do México.

Segundo Lipsky, as crises econômicas recentes "demonstram que o tamanho de um banco não cria necessariamente riscos sistêmicos, e que algumas das maiores firmas conseguiram evitar problemas financeiros, enquanto outras pequenas e muito interconectadas enfrentaram grandes dificuldades".

O subdiretor-gerente disse que vários dos países-membros do FMI pediram ao organismo para analisar a possibilidade de restringir o tamanho e o alcance dos bancos.
"No entanto, não existe uma orientação clara sobre o tamanho ótimo que um banco ou um intermediário financeiro deveria ter", disse.

Na opinião de Lipsky, "ainda não é possível" ter respostas precisas sobre este assunto, mas, "qualquer ação precipitada dos países neste contexto poderia ter consequências inesperadas" na economia.

Desafio

Segundo o representante do FMI, já existe um "consenso amplo" no mundo sobre o tipo de controle que deve haver no sistema financeiro mundial e a convicção de que deve "incluir todas as instituições".

Lipsky sugeriu que os governos iniciem políticas de "prudência macroeconômica" para evitar crise cíclicas e adotem mecanismos de resolução de conflitos entre bancos e instituições financeiras que sejam muito grandes ou que operem em muitos países.

Segundo Lipsky, na opinião do FMI, "não é hora de assumir riscos e retirar" o apoio dado pelos países ao sistema financeiro para enfrentar a atual crise econômica.

O número dois do FMI disse que o principal desafio para o futuro será "alcançar um equilíbrio razoável entre a abertura financeira necessária para apoiar a inovação, o investimento e o crescimento da economia, e conseguir uma regulação e supervisão efetiva do sistema que limite os riscos derivados dos excessos dos bancos".

Com agências