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Abbas anunciará convocação de eleições na Palestina

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, anunciou na quarta-feira (21) que convocará eleições presidenciais e legislativas para o dia 24 de janeiro de 2010, uma ação interpretada como uma "pressão" para obter uma reconciliação palestina.

Abbas, que também é lider da al-Fatá, assinalou que no próximo domingo assinará um decreto para convidar todas as forças políticas palestinas a participarem das eleições gerais, embora admita a possibilidade de modificar a data se conseguir algum acordo com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).

O principal rival da al-Fatá solicitou na semana passada a suspensão da assinatura de um pacto pela reconciliação palestina proposto pelo Egito, o que provocou uma censura irada do dirigente da al-Fatá

Os islamistas, que controlam a Faixa de Gaza, não reconhecem a autoridade de Abbas, depois que seu mandato constitucional expirou em janeiro passado, embora a falta de diálogo e compreensão tenha servido de pretexto para atrasar a realização de novas eleições.

"Publicarei dentroi de alguns dias, em 25 de outubro, um decreto presidencial que fixará a data de 24 de janeiro como dia das eleições, mas [em caso de acordo conciliatório], emitirei outro decreto para a celebração de eleições em 28 de junho", indicou o chefe a ANP.

O mês de junho foi indicado pelo Egito no rascunho do pacto unificador, do qual o Hamas fez objeção à omissão dos direitos dos palestinos à resistencia frente à ocupação israelense e dos refugiados de voltar às terras de onde foram expulsos.

De acordo com fontes egípcias, a postura de Abbas de convocar as eleições sem ter obtido um acordo com o Hamas pode marginalizar os islamistas da vida política palestina, o que equivaleria a perpetuar as rivalidades e divisões atuais presentes entre os palestinos.

O presidente Abbbas se reuniu na terça-feira na cidade do Cairo com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, e fez comentários críticos ao grupo que controla Gaza, ao mesmo tempo que elogiou os esforços de mediação do governo de Mubarak.

Com informações da Agência Prensa Latina