Fundada Unegro em Itabira

O secretário de Comunicação da UNEGRO – União dos Negros Pela Unidade, Alexandre Braga, de Belo Horizonte – reuniu-se com um seguimento da comunidade negra de Itabira, no último dia 24 de outubro, no bairro Praia, em Itabira. O encontro com a comunidade negra teve por objetivo, fazer uma discussão com o grupo presente ao encontro para definir a criação de um núcleo da entidade no município.

Segundo José Norberto de Jesus, membro da Unegro, a iniciativa da entidade, além de se expandir em Itabira e aumentar a participação no Estado de Minas, visa aproximar a população afrodescedente através do intercâmbio na busca de estratégias que visem a melhoria da qualidade de vida do povo negro no município.

Durante o encontro, lideranças e participantes puderam discutir amplamente a atual situação do negro no município e estado, bem como traçar ações que possam melhorar a qualidade e o desempenho da população negra, além de criar alternativas na área cultural, do entretenimento e cobrar dos poderes constituídos a implementação da lei lei 10.639, de janeiro de 2003, prevê a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira" e coloca como conteúdo o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade. Uma nova lei, a 11.645, de março último, mantém as disposições e amplia o seu alcance ao incluir a questão indígena.

A reunião durou uma hora e meia e durante esse período os participantes apontaram como ponto vital da partida do trabalho, a necessidade de identificar junto a população dos bairros Juca Rosa, Vila São Geraldo, Vila Piedade, Aprígio, Jardim da Praia e Colina da Praia as principais preocupação dos moradores para, a partir daí, traçar um plano de trabalho social, que contemple a todos.

É importante levantarmos em meio aos moradores no aspecto cultural, que faz o quê nestas comunidades, para desenvolvermos um projeto que possibilite a criação de um ponto de cultura que de ocupação e lazer a esta parcela da população distante dos meios produtivos de comunicação de lazer.

Listar quem lida com a dança e com a capoeira, cultura hip hop (funk, hip-hop, grafite) comuns da juventude, buscar a dona de casa que ocupa da prática do artesanato, da doceira e da salgadeira, tão comuns nos bairros mais afastados, além de trabalhos voltados para a terceira idade, que cabem perfeitamente em trabalhos que poderão perfeitamente ser oferecidos durante uma programação realizada pelo grupo.

Ao final da reunião o grupo definiu com prioridade a criação de um núcleo da UNEGRO no município, bem como a necessidade de já estabelecer um Plano de Trabalho Social para atender as comunidades que serão envolvidas no projeto. Nova reunião ficou acertada para acertar a programação que vai tratar da comemoração do 20 de Novembro, que celebra Zumbi dos Palmares, líder maior dos negros no Brasil.

Cenário nacional

Os movimentos sociais têm sido alvo de muitas atenções por parte de nossos governantes. O próprio presidente Luis Inácio Lula da Silva, disparou sua popularidade ao fomentar políticas públicas voltadas para melhor qualidade de vida da população brasileira menos favorecida. A atenção de Lula desde o começo de seu primeiro mandato, tem sido voltada para o Norte e Nordeste, que tem obtido grandes benefícios com suas medidas emergentes, entre ouras, que têm contribuído para mudar o cenário cultural e educacional da população menos privilegiada do país .

Outros setores da política de seu governo que têm também merecido atenção especial é a educação e os movimentos sociais, principalmente os relacionados com a cultura negra. Diversas ações políticas têm mudado e transformado o cenário da população afrobrasileira, melhorando sobretudo, a sua autoestima.

Principalmente, no que tange ao plano de Educação, onde através da Lei A lei 10.639, de janeiro de 2003, que prevê a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira" e coloca como conteúdo o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade. Uma nova lei, a 11.645, de março último, mantém as disposições e amplia o seu alcance ao incluir a questão indígena.

A iniciativa tem contribuído para diminuir a discriminação racial entre os povos. É preciso, no entanto, observar que as diversidades socioeconômicas e culturais, têm influência fundamental na formação das pessoas e que cada escola ou projeto educativo precisa construir, em conjunto com os próprios jovens, um modelo de ensino que insira a cultura afrodescdente na grade curricular, de modo que o povo brasileiro aprenda a reconhecer e respeitar as suas origens oriundas da África

Da redação
José Norberto