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Honduras: Juíz ameaça deter candidato que boicote pleito golpista

O candidato que ameaçar se retirar do processo eleitoral hondurenho de 29 de novembro, com o objetivo de gerar um boicote, poderá ser penalizado com cárcere. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (26) pelo magistrado suplente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), Denis Gómez. Em entrevista, o presidente de fato, Roberto Micheletti, omitiu a crise política ao dizer que o país está pronto para eleger seu presidente, seus deputados, prefeitos, vice-prefeitos e regedores.

Segundo Gómez, o Código Penal da nação considera o boicote como "delito" castigável com prisão de quatro a seis anos. "O que nos obrigamos a fazer, segundo os artigos 209 e 210 da Lei de Organizações Políticas, é processar nos tribunais os que tentem um boicote", disse o magistrado, como mostra o diário Tiempo.

De acordo com ele, os partidos têm a obrigação de substituir um candidato que se retira do processo eleitoral por outro representante. Alguns candidatos às eleições gerais ameaçam se retirar do processo devido à não restituição de Manuel Zelaya, presidente deposto e expulso da nação no último dia 28 de junho.

Na manhã de hoje, o TSE inaugurou 16 unidades móveis que foram transportadas para diferentes pontos do país, para oferecer informação aos votantes.

"Elas vão acompanhadas de um computador com todo o padrão eleitoral, um gerador portátil de energia, prontos para dar informação a cada cidadão e com todo o sistema de alto-falante para poder se locomover por diferentes bairros", explicou o presidente do TSE, Saul Escobar, durante ato solene no Parque Central de Tegucigalpa, capital do país.

Em entrevista, o presidente de fato de Honduras, Roberto Micheletti, omitiu a crise política e o fracasso do diálogo entre os governos provisório e deposto do país ao dizer que a nação está pronta para as eleições gerais do próximo dia 29 de novembro.

Por sua parte, a Frente Nacional de Resistência contra o Golpe de Estado em Honduras denunciou, em seu último comunicado, as "manobras manipuladoras" de Micheletti para chegar às eleições sem haver restabelecido a ordem constitucional. O grupo reafirmou o boicote popular ao processo eleitoral.

"Reiteramos que o povo hondurenho desconhecerá a campanha e os resultados do processo eleitora do dia 29 de novembro até que se mantenha o regime de ditadura que a oligarquia sustenta com a força das armas", disse.

Fonte: Adital