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Ex-presidente tucano volta atrás e apoia entrada da Venezuela

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado está reunida nesta quuinta-feira (29) para finalmente votar, o ingresso da Venezuela no Mercosul. A oposição retardou a decisão por mais de três anos. Mas, por ironia, o relator da matéria e ex-presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), que encabeçou a tropa de choque anti-Venezuela, teve que voltar atrás e declarou que vota a favor…

Como relator, Tasso apresentou voto contrário à aprovação. Discursou longamente enfileirando argunetos segundo os quais a Venezuela no Mercosul seria uma afronta à democracia no país de Hugo Chávez e em toda a América Latina.

Também por iniciativa da oposição – que controla a CRE através de seu presidente, o senador Eduardo 'Mensalão Mineiro' Azeredo (PSDB-MG) – foi convidado para audiência pública nesta terça-feira (27), o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, um dos principais opositores a Chávez.

Porém, para a frustração geral da oposição a Lula, o opositor a Chávez veio ao Senado brasileiro para defender a adesão de seu país ao Mercosul. Embora repetindo as acusações conservadoras ao líder da Revolução Bolivariana e pregador do "socialismo do século 21", Ledezma proclamou-se integracionista e pediu que o Senado brasileiro votasse logo a favor do ingresso.

Mesmo que Tasso não tivesse dado meia-volta, a tendência seria de aprovação da matéria na CRE, por 11 votos a sete. Em pronunciamento no Plenário na quarta-feira (28), o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), que também integra a comissão, anunciou a apresentação de voto em separado, favorável ao ingresso.

Conforme informou Valadares, assinam com ele o voto em separado os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Inácio Arruda (PCdoB-CE), João Pedro (PT-AM), Eduardo Suplicy (PT-SP), Francisco Dornelles (PP-RJ), João Ribeiro (PR-TO), Geraldo Mesquita Júnior, (PMDB-AC), Pedro Simon (PMDB-RS) e Renato Casagrande (PSB-ES).

Em reunião realizada pelo Parlamento do Mercosul (Parlasul) no dia 19, o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), defendeu o pleito venezuelano, apontando argumentos econômico e político. Para Mercadante, o isolamento da Venezuela seria ainda pior para a oposição naquele país.

Com informações da Agência Senado