Sem categoria

Senador quer reação do Brasil contra bases militares na Colômbia

“O governo da Colômbia faltou com a verdade com a América do Sul e com o povo colombiano”, protestou o senador Inácio Arruda, em discursou nesta terça-feira (3) na tribuna do Senado. Segundo ele, a decisão do Governo da Colômbia de assinar acordo que permitirá aos militares norte-americanos o acesso a diversas bases militares no país sul-americano passou por cima do parecer do Conselho de Estado colombiano, que teria rejeitado o acordo.

Inácio também alertou para a necessidade de “uma reação da nossa região contra essa atitude de um governo que se acovarda diante de uma força brutal, como a norte-americana”, exigiu.

Segundo Inácio, o Conselho de Estado colombiano argumentou que o uso de bases colombianas não visa combater o narcotráfico, mas sim garantir a presença militar norte-americana em toda a Amazônia – área que abrange seis países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.

Ao lembrar que o governo de Álvaro Uribe decidiu não submeter o acordo ao Congresso de seu país, o senador disse que o tratado liquida com a soberania dessa nação. “Aprovou um tratado que permite ao governo dos Estados Unidos mobilizar como, quando e na hora em que quiser, tropas nas fronteiras do Brasil. Além do mais, esse país não pode falar de cabeça erguida, porque o tratado que eles acabaram de assinar com os Estados Unidos submete a nação colombiana.”

Defensor da integração sul-americana, Inácio defendeu a entrada da Venezuela no Mercosul, cujo protocolo de adesão foi aprovado na Comissão de Relações Exteriores do Senado, na semana passada. “É preciso reforçar a política de integração sul-americana. Isso fortalece o Brasil, a região, sua integração política, econômica e social, inclusive das obras de grande porte de ligação”, pedindo a aprovação da matéria no Plenário da Casa.

Ao avaliar as críticas feitas ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o senador disse que, "devido ao nosso conservadorismo, sempre tentamos espantar aliados do campo popular, mais avançado, estigmatizando-os; é uma forma de evitar a integração.”

Da sucursal de Brasília