Teatro toma conta do Recife em novembro

A Prefeitura do Recife apresentou nesta quarta-feira (11), a programação do 12º Festival Recife do Teatro Nacional, que acontece de 19 a 30 de novembro. O evento, que tem como eixo temático “O Teatro e a Cidade”, vai promover apresentações de companhias da cena contemporânea de todo o Brasil em cinco teatros e palcos descentralizados.

Nesta edição, o Festival começa com um diferencial. Ao contrário dos anos anteriores, a abertura será realizada ao ar livre, com o espetáculo “Till, a saga de um herói torto”, do grupo mineiro Galpão, que será encenado na praça do Arsenal da Marinha, dia 19 de novembro, às 19h. “Já que o tema é o Teatro e a Cidade, resolvemos iniciar o Festival deste ano com um espetáculo aberto ao público”, explica o secretário de Cultura do Recife, Renato L.

Ao todo, 24 apresentações subirão aos palcos do Teatro Barreto Júnior, Teatro do Parque, Teatro de Santa Isabel e Hermilo Borba Filho. Outras 18 peças serão encenadas em pólos descentralizados, nos bairros de Jordão Alto e Barro. “Descentralizar tem tudo a ver com o tema deste ano. Moradores de bairros de difícil acesso não vão precisar se deslocar para os teatros do Centro para assistir às apresentações”, explica a coordenadora do FNTN, Lúcia Machado.

De acordo com o curador do Festival, Kil Abreu, a programação está bastante diversificada. “Eu assisti a várias apresentações, aqui no Recife e em outras cidades do País, e conseguimos selecionar espetáculos de grande qualidade que vão agradar todos os tipos de público”, afirma Kil. Entre as atrações mais esperadas, estão as peças Baby Doll – Uma Exposição de Bonecas (Grupo Obscena – MG), Quixote de Cervantes (Teatro de Roda – GO), In On It (Cariocas – RJ) e as atrações pernambucanas Carícias, dirigida por Léo Falcão, e PLAYDOG, do projeto Aprendiz em Cena. A programação paralela traz ainda seminários e oficinas relacionadas às técnicas do teatro.

Homenageados – Nesta edição, o evento homenageia, pela primeira vez, dois profissionais da área técnica. São eles os cenógrafos e cenotécnicos Antônio José Alves de Almeida, o “Seu Zezinho”, e Beto Diniz. Os dois fizeram parte da história do teatro recifense, pelo grande apuro técnico e formal de suas realizações, com criatividade exuberante, ousadia e bom gosto. As homenagens se estendem com os lançamentos dos livros: “Antônio de Almeida – Zezinho do Santa Isabel”, de Marcondes Lima, e “Beto Diniz – Construtor de Cenas e Sonhos (Percurso Cenográfico: 1975 – 1989)”, de Cláudio Lira.

Avaliação – O 12º Festival Recife do Teatro Nacional tem avaliação do jornalista Valmir Santos, que cobre teatro há 17 anos e atuou no jornal Folha de São Paulo, e também integra o júri paulista do Prêmio Shell de Teatro e do Prêmio Cooperativista Paulista de Teatro.

Fonte: Site da Prefeitura do Recife