FMI analisa alternativas a reservas cambiais em dólar
Os formuladores de política monetária devem considerar formas de fazer a transição de um sistema monetário centrado no dólar para um com reservas cambiais mais variadas e com alguma garantia de reduzir o acúmulo delas, afirmaram economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Publicado 12/11/2009 16:49
A pior recessão econômica em 70 anos ressuscitou preocupações sobre um "não-sistema" monetário em que as fraquezas se amplificaram com a construção de reservas maiores por economias emergentes, acrescentaram os economistas.
As considerações estão em um documento que não se relaciona o FMI como instituição e que é essencialmente direcionado para uma análise das opções que os governos podem considerar para tentar cumprir as promessas do G20 de um sistema econômico mais equilibrado.
Para amenizar a demanda por reservas, os formuladores de políticas monetária poderiam testar algumas alternativas, como garantias de terceiros e um sistema em que os países poderiam, em última instância, pegar empréstimos de reservas globais.
A função de financiador de última instância poderia ser do FMI, mas somente se tivesse recursos muito maiores, completou o documento, que notou que as estimativas acadêmicas dos recursos necessários começavam em US$ 1 trilhão.
"Além do FMI, outras garantias, como reservas regionais e swaps (operações de troca) bilaterais, seriam complementos úteis", disse o documento.
Segundo os economistas, um sistema multicambial poderia emergir com o tempo, mesmo que haja poucos precedentes disso. Os concorrentes mais prováveis são o euro, em primeiro lugar, e depois o iene e o iuan.
Outra opção mais radical seria a criação de uma nova moeda para ser usada em transações internacionais e emitida por uma agência monetária internacional "bem diferente do FMI de hoje".
Com agências