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Viagem de Obama: Volta à Ásia em sete dias

De Washington ao Alasca e dali até Tóquio. A viagem do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama em direção à Ásia começa nesta seta-feira com a primeira escala numa base da força aérea norte-americana no Alasca. Depois da visita aos militares, o Air Force One segue em direção ao Japão, onde deve aterrizar amanhã.

Barack Obama vai abrir uma semana de contatos com vários líderes asiáticos e visitar pela primeira vez, enquanto presidente dos EUA, algumas das principais cidades do continente. No Japão, além do encontro bilateral com o primeiro-ministro Hatoyama, o presidente norte-americano vai também encontrar-se no sábado com o imperador Akihito e a imperatriz Michiko, em Tóquio.

A passagem de Obama pela Ásia coincide com a Cúpula da APEC em Singapura, encontro no qual também vai estar a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. Para os Estados Unidos, a vinda de Obama ao continente asiático surge para renovar alianças e criar novas parcerias.

É em Singapura que Barack Obama tem a agenda mais preenchida. No domingo, além do encontro bilateral com o primeiro-ministro Lee Hsien Loong, Obama vai reunir-se ainda com o presidente russo Medvedev e terá um encontro multilateral com os líderes do ASEAN 10.

Esta é, segundo a embaixada norte-americana em Pequim, a primeira vez que um presidente dos Estados Unidos desenvolve um contato directo com os líderes do ASEAN 10, o que é, segundo a embaixada, um sinal do compromisso que Obama quer assumir com os parceiros asiáticos.

A Ásia é a região do mundo com o maior e mais rápido crescimento econômico e, num ano de crise, uma das zonas mais importantes para futuros contatos comerciais.

De Singapura, Barack Obama segue para Xangai, onde chega no domingo (15) à noite. A visita à cidade vai fazer-se apenas durante o dia e, na noite de segunda-feira, o presidente já vai jantar em Pequim como convidado de Hu Jintao.

Não sendo o primeiro encontro entre os dois líderes, é a sua inauguração em território chinês. O carisma de Barack Obama não foi indiferente para os milhares de chineses que acompanharam as eleições do ano passado.

Na terça-feira, Hu Jintao e Barack Obama reúnem-se para discutir questões como a recuperação econômica, as alterações climáticas, energia e a não proliferação nuclear, entre outras. Como duas das mais fortes economias mundiais, o encontro entre a China e os Estados Unidos é um dos que cria mais expectativa da semana asiática de Obama.

Na capital, na parte da cidade onde ficam as embaixadas, onde Obama deve ficar alojado, os avisos sobre a segurança já foram afixados com novas regras para a circulação de carros naquela área. Na quarta-feira, último dia em Pequim, a agenda vai começar com o encontro entre Wen Jiabao e Obama e passar depois por uma visita pela cidade, antes do governante norte-americano seguir para a Coreia do Sul.

Na quinta-feira, o encontro bilateral com o presidente Lee Myung-bak encerra o périplo de Obama na Ásia. O presidente vai visitar os soldados norte-americanos que ocupam a Coreia do Sul.

A forte presença militar dos Estados Unidos na Coreia do Sul evidencia a tensão que se vive há mais de 50 anos entre os dois lados do paralelo 38, que nunca assinaram a paz.

Para Obama, este deve ser outro dos momentos cruciais da viagem. E a Coreia do Norte, incluída no conjunto dos países do "eixo do mal" pelas palavras de George W. Bush, também vai estar atenta ao novo discurso a ser feito pelo presidente norte-americano. O regresso do Air Force One aos Estados Unidos está marcado para quinta-feira da próxima semana, à noite.

Com informações do Hoje, Macau