Metalúrgicos da Bahia param a Caraíba Metais

Empresa mantém alguns trabalhadores em cárcere privado

Os trabalhadores da Caraíba Metais, empresa sediada em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, paralisaram as atividades desde sábado (14). Dois dos três turnos estão parados, o que fez a produção ser quase totalmente interrompida.

O Sindicato dos Metalúrgicos denuncia que a empresa vem mantendo empregados de um turno nas instalações desde a semana passada, como forma de evitar a greve. A situação se agravou sensivelmente nos últimos dias, com muita gente sem condições físicas e psicológicas de continuar trabalhando em um regime forçado. Alguns deles já ligaram para a direção do Sindicato dizendo que não agüentam mais. A situação é tão absurda que a empresa tem utilizado até um helicóptero para levar mais trabalhadores ao cárcere privado. “Isso é mais uma prova da arbitrariedade e desrespeito da Caraíba”, diz Valbirajara Souza, presidente do Sindicato.

Os trabalhadores querem o retorno da jornada de revezamento, já que a empresa arbitrariamente mudou o regime para o de horário fixo, comprometendo a saúde dos trabalhadores, principalmente os do período noturno. Desde a mudança, tem ocorrido uma verdadeira disputa judicial entre o Sindicato e a empresa sobre a jornada de trabalho. Agora, a situação chegou ao limite, e os empregados decidiram ir até as últimas conseqüências.

ATROPELAMENTO

Um gerente da Caraíba Metais atropelou um dirigente sindical durante atividade da greve, em frente aos portões da empresa. O Sindicato repudia esse tipo de comportamento. “Não podemos mais admitir que a Caraíba Metais faça o que bem entender, de chegar ao ponto extremo de um trabalhador ter a integridade física colocada em risco”, diz Antônio Viana Balbino, presidente da Federação dos Metalúrgicos da Bahia.

Fonte: Assessoria de Comunicação  do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia