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Eventos esportivos vão garantir desenvolvimento rápido do País

A realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016 na cidade do Rio de Janeiro representa uma grande oportunidade para o Brasil, já que abrirá várias frentes de atuação e desenvolvimento. A avaliação é do ministro do Esporte, Orlando Silva, que participou, nesta quarta-feira (18), de audiência na Câmara para discutir o impacto econômico dos dois eventos no país.

Para o ministro, eventos deste porte geram grandes possibilidades de negócios – antes, durante e depois dos jogos, tanto para o local onde acontecem quanto para todo o país. “O grande desafio é conciliar o progresso econômico e social, buscando desenvolvimento com qualidade de vida”, afirmou.

O ministro disse que os investimentos já começaram e têm elevado poder de geração de emprego nos setores de turismo, transporte, têxtil, construção, comércio, telecomunicações e imobiliário. Ele destacou o curto período de tempo que vai ocorrer esse desenvolvimento urbano, alertando que a qualidade dos investimentos é que vai determinar não apenas o impacto na economia como a dimensão do legado para o futuro.

Ele lembrou que os eventos esportivos obrigam o governo a acelerar obras que seriam de longo prazo e citou as obras de infraestrutura que serão antecipadas como a modernização dos aeroportos, sistemas viários e rede hoteleira, além dos estádios.

O presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, que promoveu a audiência com o ministro, deputado Edmilson Valentim (PCdoB-RJ), acredita que o convidado, apresentou importantes informações e análises sobre o impacto desses eventos na economia brasileira.

Valentim destaca que o transporte público ficará com mais de um terço do orçamento total dos jogos. Os investimentos com estradas e ferrovias estão orçados em R$8,9 bilhões. Já com relação aos portos e aeroportos a previsão é que 2 bilhões de reais sejam investidos, sendo que a prioridade é para a reforma do Aeroporto Internacional Tom Jobim, do Rio de Janeiro.

Números gigantescos

Para atender a demanda de 5,9 milhões de estrangeiros que visitarão o Brasil até 2014, sendo 600 mil só para o período dos jogos da Copa do Mundo, a Fundação Instituto de Administração (FIA) da Universidade de São Paulo (USP) estima números elevados para investimentos. O gasto médio de um turista que passará 15 dias no Brasil é de R$10,8 mil.

O estudo, encomendado pelo Ministério do Esporte, prevê que o impacto da Olimpíada na economia brasileira chegará a R$102 bilhões, com o envolvimento de 55 setores da economia. Na cadeia de benefícios, o estudo também estima que até 2016 sejam criados 120 mil empregos por ano.

O projeto apresentado pelo Brasil para a Olimpíada prevê o investimento de R$28,75 bilhões, segmentados em duas áreas. A primeira é dirigido aos equipamentos esportivos, as equipes auxiliares e de apoio, a venda de ingressos, toda estrutura operacional, com o orçamento de R$5,6 bilhões.

A segunda será destinada a infraestrutura, melhorias e construções no setor de transporte, instalações olímpicas, segurança, serviços públicos orçados em R$23,23 bilhões.

Da sucursal de Brasília