Caraíba Metais utiliza polícia para coibir greve
A Caraíba Metais, empresa localizada em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, tem utilizado policiais da Caatinga para coibir a greve, que já dura 11 dias, e intimidar os trabalhadores. A polícia mantém todos os dias, principalmente pela manhã, dezenas de viaturas em frente à sede e fiscalizam o trabalho dos dirigentes sindicais quando os ônibus com os funcionários chegam à Via do Cobre, que dá acesso à empresa.
Publicado 24/11/2009 14:59 | Editado 04/03/2020 16:20
Os policiais acompanham o trabalho dos dirigentes sindicais nos veículos. “O trabalhador se sente constrangido a aderir à paralisação com a presença dos policiais, que estão trabalhando para uma empresa privada. Isso é um absurdo”, diz Antônio Viana Balbino, presidente da Federação dos Metalúrgicos da Bahia.
Além disso, segundo os sindicalistas, a empresa tem mantido alguns trabalhadores em cárcere privado, dentro das instalações da empresa, desde o início da greve. O movimento conseguiu reduzir drasticamente a produção da empresa, que tem cerca de 1 mil empregados.
A greve foi motivada devido à troca de jornada de trabalho. A empresa mudou o regime de revezamento pelo de horário fixo, prejudicando a vida social e familiar de quem trabalha durante a noite. Nesta terça-feira (24), de acordo com o Sindicato da categoria, os trabalhadores fazem manifestação com a presença de familiares na porta da empresa, durante a manhã.
Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia