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EUA apostam em dólar fraco para saírem da crise

Apesar da desvalorização da moeda e do crescimento chinês, indústria desacelera
Os dados sobre o setor de manufatura nos Estados Unidos, contidos no indicador de Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) apontaram recuo na indústria entre outubro e novembro, de 55,7 para 53,6. Índices acima dos 50 pontos apontam expansão, abaixo, são sinal de retração.

Os dados revelam que, apesar de a indústria ainda não ter voltado ao vermelho, a opção do governo norte-americano de pegar carona da expansão asiática e do enfraquecimento do dólar em escala mundial para tirar o país da crise não tem apresentado resultados sustentáveis.

Apesar do recuo, o ISM teve a segunda maior alta desde maio de 2006, de acordo com o economista-chefe do Nomura Securitites, David Resler. Economistas ligados ao mercado financeiro tentaram minimizar a desaceleração do número em novembro.

Eles alegam que o fato não foi surpreendente, pois o setor, na prática, antecipou o movimento de expansão que seria testemunhado em outras áreas da economia do país, que, enfim, voltou a ter crescimento no terceiro trimestre do ano, após quatro trimestres consecutivos de declínio.

De acordo com o Instituto para Gestão de Oferta, as importações, também registradas pelo ISM, têm avançado rapidamente, registrando expansão por cinco meses consecutivos. Este componente, disse Sal Guatieri, do canadense BMO Capital Markets, que atua no país, mostra que a indústria norte-americana se beneficia da elevação da demanda global e do enfraquecimento do dólar.

Outro ponto que ainda mantém a indústria local no azul é a reconstrução dos estoques das empresas em escala mundial. Com isso, o item novas encomendas avançou de 58,5 pontos, em outubro, para 60,3 pontos, em novembro, também engatando uma sequência de cinco meses em expansão. Economistas observam que o dólar fraco deixa mais barata a venda de bens produzidos no país, o que também estimula as encomendas à indústria local.

Com agências