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Brigitte Bardot: imortalizada em fotos e no imaginário dos homens

Em …E Deus Criou a Mulher, um de seus primeiros filmes como protagonista, a atriz francesa Brigitte Bardot já mostrava a que vinha. Num dos diálogos, o personagem de Jean Tissier se revela preocupado com o amigo milionário, vivido por Curd Jürgens, quando diz que ele está prestes a se apaixonar por Juliete (Bardot), uma garota pobre. Intrigado, o personagem de Jürgens pergunta por que o amigo diz isso. Tissier é direto: “Sempre que você olha pra ela, parece menos inteligente”.

Essa foi somente uma das primeiras paixões despertadas pela atriz, que entrou no imaginário masculino nas décadas de 1960 e 1970 e de certa forma continua até hoje, com a silhueta escultural que rendeu a ela o apelido de “o corpo da Nouvelle Vague”. Enquanto Marilyn Monroe aparecia entre transparências e decotes, numa França bem menos moralista, Bardot não se importava em muitas vezes aparecer nua – ou quase.

Em seu livro Verdade Tropical, o cantor e compositor Caetano Veloso (que eternizou a atriz em sua música Alegria, Alegria), ao relembrar sua juventude, conta que “nada nos indicava que Brigitte Bardot fosse ainda que minimamente inferior a Marilyn em número de admiradores, em valor de cachê ou em representatividade do espírito do tempo”.

A fama de Bardot se deve em grande parte aos cineastas que a dirigiram, como Roger Vadim, Jean-Luc Godard e Louis Malle, mas também aos fotógrafos que a acompanharam, eternizando sua imagem jovial e despreocupada.

Um deles, Marcello Geppetti, viria a se tornar um grande amigo da musa. Não por acaso, Geppetti foi um dos inspiradores do personagem Paparazzi em A Doce Vida, de Federico Fellini, que mais tarde batizaria o tipo de repórter fotográfico que vive à custa de celebridades. Agora em 2009, ano em que completou 75 anos, Brigitte Bardot ganha uma exposição de fotos inéditas tiradas pelo amigo que rodaram o mundo e chegam a São Paulo esta semana.

A mostra "Brigitte Bardot" traz 15 fotos inéditas e originais da atriz. A exposição vai de 9 a 23 de dezembro, somente na capital paulista. As fotos, em grandes formatos, estarão à venda e devem custar entre 8 mil e 14 mil reais cada.

SERVIÇO
Galeria Lourdina Jean Rabieh
Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 147 – Jardim Paulistano, São Paulo – SP. Tel: (11) 3062.7173
Horários: seg.-sex. 10h-19h; sáb. 10-14h

Fonte: Opera Mundi