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Economista da FGV: Brasil deve perder até R$ 210 bi com a crise

A crise mundial vai custar ao Brasil um recuo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). É o que indica a variação acumulada do PIB nos quatro trimestres que sucederam à quebra do banco americano Lehman Brothers, em setembro de 2008.

A taxa acumulada, divulgada pelo IBGE, dá uma medida do efeito da crise sobre a economia brasileira. Se o ano tivesse começado no que é considerado o ponto inicial da crise, o país teria fechado o período com variação de -1% na economia.

Para o economista Régis Bonelli, especialista em análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas, a análise do período dá uma boa medida do tamanho da "marolinha" prevista pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início da crise.

Bonelli estima um avanço de cerca de 2% no PIB do quarto trimestre deste ano em relação ao terceiro, o faria com que 2009 terminasse com em queda de 0,4%. Pelos cálculos do economista, o Brasil tinha potencial de crescimento entre 5% e 7% para 2009 antes da crise. Com o crescimento perdido, ele prevê que o país deixará de acrescentar este ano entre R$ 150 bilhões e R$ 210 bilhões à atividade econômica.

"Esse é o custo da crise. É sempre duro não crescer, mas, se considerarmos as previsões feitas antes da crise, que cogitaram quedas de até 4% no PIB de 2009, o resultado é bom. Pode até ser classificado como uma marolinha, mas é uma marolinha bastante cara", avaliou o economista.

Ele reconhece que a onda sobre o país poderia ter sido muito maior, embora admita que países como Índia e China passaram ao largo da recessão e a Coréia do Sul tenha tido apenas um trimestre de recuo. Já o Brasil amargou dois trimestres consecutivos de resultados negativos.

A informação é do Monitor Mercantil