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Metade da verba do Bolsa-família vai para o NE e garante consumo

A Região Nordeste tornou-se em 2009 o destino de praticamente metade das verbas utilizadas pelo governo federal em programas sociais. Dos 33 bilhões do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, nada menos que R$ 15, 6 bilhões foram aplicados na região.

A informação foi transmitida pelo ministro Patrus Ananias durante o evento Fóruns Estadão Regiões/Nordeste, em São Paulo. “Damos ênfase à região por conta do histórico sistema de pobreza lá existente”, justificou o ministro. Nas contas que ele apresentou, os programas de transferência de renda como o bolsa-família têm sido responsáveis por uma elevação de até 3% no PIB regional nordestino nos últimos anos. “O dinheiro que o pobre recebe vai imediatamente para o consumo.”

O ministro refutou as críticas de que os programas “assistencialistas” contribuem para a permanência em situação de desemprego dos beneficiados. “Aos que dizem que é preciso ensinar a pescar em lugar de dar o peixe, respondo que o certo é dar o peixe e ensinar a pescar”, sustentou. “Essa dicotomia é falsa.”

O ministro fez uma prestação de contas das verbas sociais destinadas ao Nordeste. Segundo ele, 6,2 milhões de famílias foram beneficiadas pelo conjunto dos programas oficiais. O ministério prestou atendimento, ainda, a 717,5 mil deficientes físicos, 524,4 mil idosos, 484 mil jovens e manteve em funcionamento 1,8 mil centros de referência e assistência social na região. Ele afirmou que o governo ainda discute a melhor maneira de apresentar ao Congresso um projeto que transforme em lei o conjunto dos programas sociais. “É preciso sistematizar juridicamente essas ações”, defendeu Patrus Ananias.

A informação é do jornal O Estado de S. Paulo