Morre no Rio o ex-ministro Jamil Haddad

Faleceu na madrugada do dia 11, o ex-ministro da Saúde e presidente de honra do PSB, Jamil Haddad. Ele tinha 83 anos e sofreu um infarto em sua residência, na Tijuca. O PCdoB-RJ enviou suas condolências e presta sua homenagem a este político das causas socialistas, da soberania e da democracia.

O médico Jamil Haddad foi um dos fundadores do PSB. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1926. Elegeu-se deputado estadual pelo então estado da Guanabara, na coligação formada pelo PSB e pelo PTB. Quando os militares tomaram o poder e instauraram o bipartidarismo, em fins de 1965, Haddad filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), agremiação partidária de oposição ao regime.

Reelegeu-se deputado estadual em 1966, mas – no ano seguinte – teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos. Em março de 1983 foi escolhido, pelo governador Leonel Brizola, para assumir a Prefeitura do Rio de Janeiro. Dois anos depois, em 1985, participou da reorganização do PSB, tendo sido eleito presidente, no primeiro encontro nacional da agremiação.

Em 1986, Jamil Haddad assumiu a vaga deixada por Saturnino Braga no Senado. Participou, então, do processo da Constituinte. Votou pela proteção da empresa nacional e pela nacionalização das reservas minerais. Foi um dos recordistas na apresentação de emendas aos trabalhos dos parlamentares constituintes, tendo sempre como meta a defesa dos interesses das classes trabalhadoras e da soberania do País.

No ano de 1990 foi eleito deputado federal, chegando a assumir depois o Ministério da Saúde no Governo Itamar Franco (1992-1995). Lutou pela universalização do serviço médico gratuito, público e eficiente e pela implantação do SUS (Serviço Único de Saúde), tendo sido o autor do decreto dos medicamentos genéricos.

Em nota, o presidente Lula, disse que “Jamil Haddad foi, antes de mais nada, um amigo querido, que deixará muita saudade. Se tivesse que defini-lo em uma só palavra, diria que essa palavra é coerência”.

O governo do estado do Rio de Janeiro declarou luto de três dias.